O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, foi o convidado desta terça-feira do programa Bate Bola na Veia, do canal ESPN. O mandatário foi questionado sobre as vendas dos atletas para São Paulo e Corinthians, mas afirmou que o Esquadrão tem condições financeiras para segurar os destaques. Sobre reforços e novo treinador, o presidente garantiu que o processo está sendo feito com muita cautela e atenção. Destacou que o Bahia não é um clube que contratar a partir do pedido do treinador e que ele não é uma autoridade plena na hora de definir as contratações. Em relação ao treinador, falou que depende de conversas com os próprios técnicos que estão pensando para o ano que vem.
Veja trechos da entrevista:
“Da nossa parte segue com muita cautela. A gente tem um processo longo de formação dos nossos atletas, são ativos importantes do clube. São atletas identificados com o nosso escudo, com a nossa história. Eles entram em campo vestindo e conhecendo a história do Bahia. Então, qualquer desligamento de atletas como esses tem que ser feito com muita cautela, com muito cuidado, estudando cada passo, entendendo que aquilo ali é algo precioso para a gente. É lógico que estamos abertos para a negociação, mas com muita cautela e muito cuidado”, afirmou. “São propostas que respeitam a condição do atleta, são propostas compreensivas, mas ainda um pouco diferente do que a gente acha como ideal. Em ambos os casos”
“Se o jogador tem contrato, tem que cumprir o contrato”, disse. “A gente tem que criar toda a estrutura para que o jogador permaneça satisfeito com o clube. Não dá para a gente simplesmente liberar o jogador do contrato que ele tem, simplesmente porque deseja jogar em outro clube. Lógico que temos que seduzi-lo para que ele fique satisfeito. Mas não vamos, de forma nenhuma, fazer qualquer negócio simplesmente porque o jogador prefere jogar em outro clube”
“A gente tem uma responsabilidade financeira que nos permite hoje, não nadar em dinheiro porque não estamos confortáveis e temos inclusive déficit operacional de quase 15 milhões para 2018, mas isso também nos permite planejar para que a gente viva sem a necessidade de fazer negócios urgentes, emergenciais. São ativos do clube e estávamos há muito tempo formando esses atletas. Atletas que crescem e jogam com a identidade do Bahia. A torcida se identifica e se vê jogando no lugar daquele atleta. Então, a gente tem que ser muito cuidadoso, muito cauteloso. Agora repito. São propostas que são justas, a gente reconhece e não estou aqui esnobando. Vemos com humildade e até com admiração. Mas a gente tem uma visão lógica que é manter o elenco fortalecido e qualquer negociação é para ampliar o fortalecimento do elenco e não para reduzir a qualidade daquele time em campo”
“O Bahia não é um clube que contrata a pedido do treinador. Nós não acreditamos nessa processo. A gente contrata a partir de uma circunstância identificada por uma comissão que estão ali o presidente, diretor de futebol, toda a comissão técnica que trabalha diariamente no clube e também o treinador. A sua opinião e desejo deve ser levado em conta, mas ele não é uma autoridade plena que vai determinar quem quer e a gente vai buscar. Isso não acontece, não temos condição e nem acreditamos nessa processo”
“Carpegiani é um técnico completamente integrado nessa nossa lógica. É alguém que vem com o espírito colaborativo, consegue trabalhar em grupo, tem uma convergência muito grande com a comissão técnica. É alguém que se encaixou perfeitamente na estrutura do Esporte Clube Bahia. Não aqui dizendo, porque naturalmente depende de conversas com os próprios técnicos que estamos pensando para o ano que vem. A própria conversa com Carpegiani que é alguém que nos orgulha muito pelo trabalho que fez. Não estou aqui marcando ele com uma posição, até porque ainda temos muita conversa com ele, inclusive, se for o caso. Mas é um técnico que marcou positivamente a passagem pelo Bahia”