Depois de três anos no Esporte Clube Bahia do diretor de Mercado do Bahia, Jorge Avancini não fica no clube por uma opção da nova diretoria. Em forma de agradecimento o agora ex-diretor publicou uma carta de despedida do clube direcionada aos gestores do clube, e, sobretudo, aos torcedores do Bahia e afirma que deixa o clube com a sensação de dever cumprido.
Vivi intensamente os últimos três anos da minha vida e da minha carreira. Doei-me por completo ao Esporte Clube Bahia, esta respeitável e cativante instituição esportiva, de história ímpar e vencedora, que representa uma Nação perdidamente apaixonada, inigualável em todos os aspectos.
Regozijo-me por ter participado, de alguma forma, da reconstrução de um Gigante, que merece sempre o topo e a glória – e nada menos do que isso -, capitaneada por uma jovem e competente geração de dirigentes que, felizmente, sempre remou na direção contrária e não se contaminou com o jeito amador e político que alguns ainda insistem em fazer futebol no Brasil. Sou um privilegiado por ter feito parte desse capítulo histórico.
Acrescento com orgulho ao meu currículo feitos relevantes que somente enalteceram ainda mais a marca do Maior do Nordeste.
Como não se orgulhar do aumento de quase 400% do quadro social adimplente, tendo saído de 3,5 mil associados em dia em Fevereiro de 2015 para 16,4 mil em Dezembro de 2017, transformando esta receita na segunda mais importante do clube? Ou, ainda, por ter conseguido preencher – e manter -, por três temporadas, a belíssima e gloriosa camisa Tricolor estampando a marca de patrocinadores, até então afastados do Clube?
Ter contribuído para incrementar em mais de 180% as receitas de Marketing do Esporte Clube Bahia também me enche de alegria. Assim como ter feito o faturamento anual da área de Licenciamentos saltar de R$ 150 mil para mais de R$ 1 milhão, ter reorganizado o modelo de negócio das lojas do clube – que, agora, como deveria ter sido sempre, gera receita à instituição -, e ter colaborado para um orçamento bem maior, hoje, em comparação a 2014.
Como esquecer, ainda, ter indicado o Shakhtar Donetsk para o amistoso em 2015 e as duas pré-temporadas nos Estados Unidos ou das inusitadas ações pré-carnavalescas, de alto impacto para a exposição positiva da marca do clube – algo que, somente aqui, nesta Bahia de Todos os Santos, faz sentido (e bem pra alma!)? Impossível não guardar essas recordações com especial carinho!
Isso é tudo? Não. Houve mais. Muito mais. Mas, para o Esporte Clube Bahia e sua apaixonada Nação, o muito mais ainda é pouco. Sim, porque o gigantismo do Tricolor de Aço, que assim como a Boa Terra pulsa amor, alegria e vibração, só conhece e compreende quem o vivencia, com intensidade.
Por três anos fui uma dessas pessoas. E, apesar da despedida, assim o serei para todo o sempre. Porque o Bahia e a Bahia estarão sempre guardadas no meu coração.
Sou mais feliz, hoje, por ter feito parte dessa história e dessa inimitável turma tricolor.
Obrigado Bahia! E Bora Bahêa Minha Porra!
Jorge Avancini