De fato, a equipe foi superestimada, acreditou-se que o Bahia podia
sonhar com a Libertadores, a torcida criou tanta expectativa no time, que quando a equipe oscilou, as críticas foram tatas que abalaram a estrutura do elenco e demitiu precocemente Jorginho. Mas será que a culpa era realmente dele? O elenco é tudo isso ou mais uma vez avaliamos cedo demais uma equipe competitiva, mas que a todo momento carrega um fardo de ser grande equipe?
Vamos aos fatos…
O Bahia em 2017, vem fazendo sua melhor campanha dentro do campeonato brasileiro da série A, terminou o primeiro turno com 23 pontos (Melhor pontuação em pontos corridos), fez bons jogos, conseguiu bons resultados, mas assim como todas as equipes do mesmo nível técnico, não consegue manter a regularidade.
Esse ano, uma equipe da zona de rebaixamento vencendo 3 partidas
seguidas pode entrar entre os 10 primeiros da competição ou outra que disputa o G6, vier de 3 a 5 jogos sem grandes resultados pode ficar próximo a zona de rebaixamento (Vasco). São muitos resultados surpreendentes, equipes que atuam de forma defensiva vem se sobressaindo as que buscam o jogo e trabalham a posse de bola. Algo jamais visto no brasileirão.
Mas porque tantas cobranças ao Bahia, o time tem condições de ir além? De fato, tem, mas não é algo fácil, se qualquer um analisar os jogos do tricolor, vai entender que o time só venceu jogos quando atuou no contra-ataque. Até mesmo contra o Atlético GO no início da competição, teve gols nessas circunstanciais. O esquadrão só obteve sucesso quando jogou com inteligência, sofrendo e aproveitando as poucas chances que teve, mesmo assim em muitos jogos a torcida cobra boas partidas e grandes resultados (algo impossível para esse elenco).
Cobrar é interessante, mas hoje esse time precisa de apoio, aliás o
Bahia precisa de apoio a muito tempo, mas ao invés de apoiar a torcida crítica, vaia, queima jogadores e consequentemente fragiliza o elenco, que pode até ser competitivo, mas com pressão é críticas o tempo todo, nenhuma equipe vai pra frente.