Texto publicado em 24/05/2016
Chega de mistificações. Neste grave momento da nação, mais do que nunca, faz-se mister falar algumas verdades que salvam e libertam. Assim, começo a mais esperada, abalizada, vilipendiada e aliterada homilia do Norte e Nordeste de Amaralina trazendo à baila o seguinte e inoxidável axioma.
Recebam.
Ao contrário do que pensam os incautos, o ano na Bahia não se inicia depois do Carnaval. Não e nécaras. Isto é uma das tantas culhudas proferidas pelas bahiatursas da vida para enganar turistas, otários e afins. Nesta província lambuzada de dendê e de exclusão, o calendário só tem início efetivo quando o Vitória começa a jogar bola. O resto é entressafra. E, como neste domingo, diante do Corinthians, o Leão praticou algo parecido com o Ludopédio, já se pode afirmar sem medo de errar: o ano, finalmente, começou. Atenção, hereges, acertem os ponteiros dos relógios, pois estamos em 2016. Pode vibrar, torcida brasileira!
É fato que o ano não começou sem sobressaltos. O setor direito da equipe (a direita sempre querendo me lenhar) tentou de todos os modos entregar a rapadura ao inimigo. Porém, logo na sequência, Leandro Domingues mostrou porque, mesmo capenga, ainda merece o título de SANTO. Driblou 18 DEMÔNHOS do time adversário e mandou a criança chorar no cantinho esquerdo. Já íamos soltar fogos para saudar a chegada do novo ano, quando a direita voltou a assombrar, abrindo as pernas para os poderosos sudestinos.
Como é público e notório, esta época de passagem é sempre um período de promessas. E se tem promessa, tem dívida. Foi assim que o Corinthians sofreu um gol duvidoso, alguns dizem roubado, mas, se foi roubado, apenas ocorreu a reparação de uma dívida histórica.
Mas derivo. O que eu queria mesmo dizer neste início de ano é o seguinte. Depois de me raciocinar todo e (re) ver e analisar 1.372 vezes o lançamento para o terceiro gol do Vitória diante do Corinthians, cheguei à óbvia conclusão de que os graves problemas & impasses de Pindorama podem ser resolvidos.
Como assim? Basta colocar Leandro Domingues na Presidência. Afinal, o cara que é capaz de fazer um lançamento daquele naipe, consegue tranquilamente executar tarefas menos complicadas, como a reunificação do país e outras mumunhas.
AMÉM?