Nonato: Ídolo do Bahia e carrasco rubro-negro que calou o Barradão

 

Quando falamos de Nonato, um dos últimos ídolos genuínos que passaram pelo Fazendão e sétimo maior artilheiro da história do Bahia, com 125 gols, impossível não voltar ao baú no tempo e relembrar a final marcante da Copa do Nordeste de 2002. Naquele ano, o Esquadrão chegou à final contra o Vitória, considerado por alguns como franco favorito para levantar a taça. Só que esqueceram de combinar com o atacante Nonato, carrasco rubro-negro nas duas finais calando o estádio Manoel Barradas com dois gols no empate em 2×2 no jogo decisivo que sacramentou o bicampeonato do nordeste no estádio do rival diante de 23.120 torcedores e na véspera do aniversário de 103 anos do Leão.

 

Antes disso, nas semifinais, o Bahia (2º colocado na primeira fase com 27 pontos, 15 jogos, 8 triunfos, 3 empates e 4 derrotas, 36 gols pró e 21 contra, aproveitamento de 60%) na ocasião treinado pelo craque Bobô despachou o Náutico depois de empatar sem gols no Recife e vencer apertado por 1×0 em Salvador com gol de Nonato, enquanto o Vitória de Arthurzinho e dono da melhor campanha da primeira fase (35 pontos, 15 jogos, 11 vitórias, 2 empates e apenas 2 derrotas, 38 gols marcados e 14 sofridos, aproveitamento de 77.8%) eliminou o Santa Cruz, perdendo em Recife por 2×1, mas revertendo em grande estilo em Salvador, 3×0, com direito a dois de Samir. E a final?

No primeiro jogo da finalíssima, dia 05 de maio de 2002, os 64.689 torcedores presentes na velha e bela Fonte Nova presenciaram um trio de ataque inspirado que brincava de fazer gols e, diga-se, deixou ótimas lembranças e uma saudade imensa. Nonato, Sérgio Alves e Robgol fizeram a festa da nação tricolor no triunfo por 3 a 1. Para se ter uma ideia, juntos os três marcaram impressionantes 32 gols dos 42 do time em toda a competição. Já no duelo decisivo, 12 de maio de 2002, o Vitória vencia por 2×1 até os 40 minutos e bastava um golzinho para levar a decisão para os pênaltis. No entanto, Nonato surgiu novamente e calou o Barradão ao receber cruzamento de Capixaba e marcar de cabeça decretando o empate e o título de bicampeão do Nordeste (2001/2002).

Relembre as decisões:


BAHIA  3×1  VITÓRIA
Local: Fonte Nova (Salvador-BA);
Público: 64.689;
Árbitro: Antonio Pereira da Silva (GO);
Gols: Nonato (BAH) 22, Samir (VIT) 31′ e Sérgio Alves (BAH) 36′ do 1º; Róbson (BAH) 24′ do 2º;
Expulsão: Marcelo Heleno (VIT)

 

VITÓRIA  2×2  BAHIA

Local: Barradão (Salvador-BA);

Público: 23.120; Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (PR);

Gols: Róbson Luiz 6′, Nonato 13′, Fernando (pênalti) 21′ e Nonato 40′ do 2º;

Cartões Amarelos: Maurício, Marcos, Índio, Mantena, Nonato e Chiquinho; Expulsões: Aristizábal e Preto

Vitória: Jean, Maurício (Ramalho), Marcos, Índio e Leandro; Xavier, Fernando (Léo Mineiro), Allan Dellon e Róbson Luiz (Samir); André e Aristizábal. Técnico: Arthurzinho.

Bahia: Émerson, Mantena, Marcelo Souza, Valdomiro e Chiquinho; Ramalho, Bebeto Campos, Preto e Sérgio Alves (Capixaba); Róbson (Accioly) e Nonato (Alan). Técnico: Bobô.

 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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