“Mudam-se os caranguejos, mas a lama é a mesma.” Esse ditado se encaixa perfeitamente com o Esporte Clube Bahia, que começou a Série B como favoritaço ao acesso, com um time cascudo formado por jogadores conhecidos no futebol nacional, casos de Hernane, Thiago Ribeiro, Marcelo Lomba, Renato Cajá, etc e tal, mas logo o excesso de vaidade subiu a cabeça do grupo que se rachou e passou a colecionar vexames contra equipes de menor expressão, exemplos de Tupi, Brasil-RS e Londrina. A diretoria tomou uma atitude, diria a mais viável para tentar solucionar os problemas, mudou o treinador, dispensou as ditas laranjas podres, trocou algumas peças, 6 por meia dúzia, até chegaram a ensaiar uma reação vencendo o Luverdense em casa por 1 a 0 na estreia dos cinco novos reforços deixando a torcida esperançosa numa arrancada em busca do G-4. Só ilusão e favas contadas.
Neste sábado, diante de um adversário limitado e em situação delicada na tabela, buscando desesperadamente sair da zona perigosa, o Bahia novamente decepcionou, perdeu a partida por 1 a 0 e a chance de subir na tabela e encostar no pelotão da frente. Não digo que foi um resultado inesperado, tão pouco uma surpresa, totalmente normal ser derrotado pelo Bragantino em São Paulo, ainda mais uma equipe ainda em formação já com meio caminho andado de campeonato, mostrando que não houve comprometimento da diretoria tricolor, tão pouco o planejamento para temporada 2016. Quem almeja uma reação imediata para alçar voos mais altos, não pode se intimidar diante de equipes inferiores. Disse no pré-jogo que o embate hoje era o da afirmação, um segundo triunfo consecutivo e fora de Salvador seria importante e essencial para dá motivação e engatilhar uma sequência de resultados positivos. Mas, infelizmente, não deu. Foi um balde de gelo novamente na cabeça do torcedor tricolor.
O primeiro tempo terminou com o zero no marcador fazendo jus ao que apresentou as duas equipes. Nada de futebol. Um baba de muita movimentação, bastante estudado e marcado, mas com excesso de faltas cometidas e poucas oportunidades de gol. No segundo, pouca coisa mudou, mas o Bragantino foi mais eficiente e acabou presenteado com o gol de Rivaldo aos 24 minutos. Resultado que sacou o Braga do Z-4 e deixou o Bahia congelado na 10ª posição com os mesmo tímidos 24 pontos, à poucos passos do céu e também do inferno. Mesmo com o revés em Bragança Paulista, ainda acredito que o Esquadrão esteja “vivo” no campeonato, apesar de acreditar muito pouco ou quase nada no acesso, não por pessimismo, mas por realismo.
O time de Guto Ferreira ainda não mostrou atitude de quem irá brigar pelo acesso, continua apático e sem vibração, não dá sinais que mudará, muito menos esboça uma possível reação, parece que a meta é apenas se manter na Segundona, afinal, o risco de rebaixamento para Série C existe, a distância é de apenas 5 pontos, é preciso abrir os olhos para a obsessão não mudar de lado. Na próxima rodada, que finaliza o 1º turno, veremos qual o real objetivo do Tricolor na Série B, quando encara na Arena Fonte Nova o Atlético-GO, um forte concorrente direto na briga pela parte de cima da tabela. Uma derrota, na minha opinião, jogará a última pá de cal no tão sonhado acesso.