Vitória da Bahia, não. O nome é E.C. Vitória!

Penso que sempre será uma ofensa se referir ao nosso clube como Vitória da Bahia. A mídia nacional criou o pior apelido e a maior gozação que um torcedor do Bahia pode fazer ao Vitória. Essa alcunha diminui o nosso clube ao ponto de fazer parecer necessária uma referência de lugar para que ele seja identificado no Brasil.

Pode parecer inoportuno tocar nesse assunto, numa semana movimentada com duas decisões, mas foram justamente elas que me motivaram. Tanto no jogo da semana passada, contra o Botafogo transmitido pelo Sportv quanto no clássico transmitido pelo canal PFC para todo o Brasil, a arte que indicava o confronto, placar e tempo de jogo na transmissão, mostrava o ECV como Vitória-BA.

Alguns podem dizer que na Copa do Brasil se faz necessária a referência já que tal competição engloba um sem- número de times e têm alguns por aí que também se chamam Vitória. Mas e no BAVI? Não existe uma explicação plausível senão o péssimo hábito da mídia esportiva.

Usar o adjunto adnominal “da Bahia” é uma redundância. Argumentar que podem achar que o Vitória é da capital do Espírito Santo é uma estupidez, haja vista a inexpressividade do futebol de lá. Todos que acompanham futebol no Brasil sabem que o Vitória é de Salvador, na Bahia. E quem não acompanha futebol sabe disso também. Portanto é desnecessário o uso da expressão.

O Vitória é um dos clubes mais antigos e tradicionais do Brasil. É, sem dúvida, o mais vencedor, mais conhecido e com mais participações em competições de relevância nacional entre os seus homônimos. Dessa forma, o Vitória Futebol Clube (time do futebol capixaba), a Acadêmica Vitória (time de Vitória de Santo Antão, Pernambucano), o ECPP Vitória da Conquista ou qualquer outro time nacional que tenha o nome igual ao nosso é que devem ser identificados pelo seu estado de origem. Sendo o maior e o mais importante, o Esporte Clube Vitória deveria ser chamado e identificado apenas como Vitória. O Flamengo nunca foi chamado de Flamengo do Rio, mesmo com a existência, por exemplo, do Flamengo do Piauí, da Paraíba e de Guarulhos. Nem o Botafogo, de Botafogo do Rio, mesmo com o Botafogo de Ribeirão Preto, da Paraíba e de Salvador. Nem o Cruzeiro, de Cruzeiro de Minas Gerais, mesmo com o Cruzeiro de Porto Alegre e o de Cruz das Almas. Percebe-se que os times pequenos é que precisam ser identificados. Como time grande, O Vitória merece o mesmo respeito que os outros grandes nesse sentido. Com o advento do Bahia de Feira seria igualmente estúpido chamar o Esporte Clube Bahia de Bahia de Salvador.

Tenho o maior orgulho de ser soteropolitano e, por consequência, baiano. Levo esse orgulho para qualquer lugar que vou e defendo a minha origem. Adoraria ser chamado de Diegão da Bahia. Mas no caso do Vitória, essa referência não orgulha já que é uma tentativa de diminuir o clube ou, no mínimo, um não reconhecimento a sua tradição.

Portanto, aprendam e não mais repitam o erro. Vitória da Bahia, não. O nome é Esporte Clube Vitória!

PS Pra não dizer que não falei da semana decisiva, estou confiante e penso que o ECV se classifica diante do Botafogo. O time carioca perdeu de quatro para o Fluminense e vai entrar de moral baixo e bastante pressionado e nervoso para o jogo de quarta-feira. O Vitória tem tudo para se aproveitar disso e passar pelo Botafogo.

Já em relação ao BAVI em Pituaçu, o fato de o Bahia jogar na pensão (não é nem casa alugada já que divide o estádio com outros times e eventos) só traz alento para o Vitória. Desde a inauguração do novo Pituaçu, dica do parceiro Valmerson, foram seis vitórias do ECV, dois empates e apenas duas vitórias do Bahia. Sendo que nas três decisões no estádio do Governo ocorridas nesse período, o Vitória ganhou todas. Apesar de todos saberem que favoritismo não ganha jogo, o Vitória é o favorito. O ECV será o campeão baiano de 2012. Como já disse no texto anterior, é aquilo mesmo e não muda nada! Vumbora Vitória

Diego Barbosa

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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