Bahia 1 x 0 Campinense Tricolor avança na Copa NE

Bahia x Campinense, jogo decisivo valendo vaga nas semifinais da Copa do Nordeste, torcida presente em bom número na Arena Fonte Nova para empurrar o Esquadrão, homenagear o aniversário de 466 anos da cidade de Salvador e os 55 anos da final da Taça Brasil de 1959. Duas histórias que se confundem e se interligam. O primeiro campeão brasileiro parabenizando a primeira capital do Brasil.

Em comemoração, os jogadores entraram em com os nomes dos atletas que bateram o Santos de Pelé por 3 a 1 no Maracanã estampados nas camisas. Precisando do triunfo, o Bahia começou propondo jogo e foi para cima do Campinense empurrado pela torcida que não parava de cantar. Do lado de fora, muitos torcedores ainda adentravam ao estádio e perderam a pressão inicial e o gol do “Biriba”.   

Logo no primeiro minuto de jogo, Tiago Real fez a nação ensaiar o grito de gol em chute da entrada da área que bateu na rede pelo lado de fora. Aos 5, o grito saiu. Mário (Souza) cobrou escanteio, a defesa desviou e a bola ficou viva na área. Biriba (Kieza) subiu junto com o goleiro e complementou de cabeça para o fundo das redes. 1×0 para alegria da nação tricolor e insatisfação do time paraibano pedindo falta de K9 no arqueiro.

Soberano na partida, o Bahia queria mais, sufocava o time paraibano que se defendia no seu campo e apenas assistia o Esquadrão jogar como um mero espectador. Aos 9, Souza arriscou de longe, mas parou na boa defesa de Gledson. Aos 21, Blitz tricolor. Tiago Real cruzou, a bola passou por toda área. Em seguida, Souza tocou para Kieza que chutou para outra boa intervenção do goleiro.

Aos 25 minutos, pênalti incontestável para o Bahia! Souza cruzou na área, Titi cabeceou e o defensor da Raposa meteu a mão na bola, mas Marcelo de Lima Henrique equivocadamente considerou lance normal. Aos 29, quase o segundo. Boa trama de Kieza e Gamalho, o camisa 9 recebeu na direita e finalizou cruzado para fora. Aos 37, o baixinho Maxi Baiancucchi subiu mais alto que todo mundo e desviou, Gledson novamente salvou com as pontas dos dedos. 

O gol no início matou o plano de jogo do Campinense, que era se defender e apostar nos contra-ataques. O time paraibano, igual lá na Paraíba, não veio para jogar bola. O Bahia foi soberano, pressionou os 45 minutos iniciais, e só não fez mais porque parou no goleiro Gledson e na falta de pontaria. No segundo tempo, apesar da ansiedade e erros de passe, o futebol do tricolor continuou agudo, o time tentava a todo custo fazer o segundo e matar o jogo. 

O volante Souza por duas vezes levou perigo ao gol sendo uma delas em chute do meio da rua obrigando Gledson a praticar outra boa defesa. Soares sacou Pittoni e Léo Gamalho e colocou Bruno Paulista e o talismã Zé Roberto. O jogo seguia dramático, tenso, um verdadeiro teste para cardíacos, e o placar perigoso, o Bahia pressionava  e tentava segurar de qualquer jeito os contra-ataques do Campinense.

Tentando fechar o meio-campo e segurar a partida, Sérgio Soares colocou Feijão, aos 40 minutos, no lugar de Patric e deslocou Bruno Paulista para lateral-esquerda. A “cara” do jogo mudou, o Campinense jogava por uma bola, o Bahia se fechava, gastava o tempo, no ritmo dos gritos da torcida. E para alegria e alívio dos 23.218 tricolores presentes na Arena, o Esquadrão segurou o 1 a 0 e avançou para semifinal da Copa do Nordeste.  

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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