Além de criticar o Corinthians por falta de Flair Play Financeiro, o presidente do Esporte Clube Vitória, Fábio Mota, também falou sobre SAF em entrevista coletiva nesta sexta-feira. Ele elogiou o modelo do Fortaleza, inspirado no Bayern de Munique, da Alemanha, no qual a Associação mantém o controle majoritário do clube, mas criticou as SAFs de Vasco e Cruzeiro.
O mandatário do Vitória citou o afastamento da 777 Partners do controle da SAF do Vasco. Em relação ao Cruzeiro, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno revendeu as suas ações do clube mineiro para o empresário Pedro Lourenço. Fábio Mota frisou que, apesar da dívida de R$ 180 milhões, o Vitória é uma instituição saudável, que paga adiantado aos jogadores e funcionários, e alertou que não pode “entregar o clube para qualquer um”.
“Se você faz uma SAF e encontra qualquer um… Um exemplo é o Vasco, que fez uma SAF e entregou para qualquer um. O Vasco voltou a ser Associação, e as dívidas ficaram. Não pode entregar clube para qualquer um. Tem que ver quem é o investidor. O Vitória é uma instituição saudável, apertada financeiramente, mas que paga os seus funcionários e jogadores adiantado. Todo dia é uma guerra para pagar as contas. Diferente dos outros clubes. A dívida do Vitória deve ser R$ 180 milhões. O Cruzeiro, que devia um bilhão e tanto, o Botafogo, um bilhão e tanto, que fizeram a SAF…Ou fazia a SAF ou fechava as portas”.
“Eu sou o presidente, mas tenho equipe. Na Série C trouxemos um diretor faltando nove rodadas. Quando você acredita no trabalho, no projeto, tem que ir com ele até o fim. Meu planejamento sempre foi estar na Sul-Americana ano que vem. Precisamos fazer a mudança, com saindo Léo Condé, que foi muito importante para a gente. Montamos uma nova equipe, que é a base do ano que vem. Se fosse esperar a morte chegar, já teria jogado a toalha a essa altura. O Vitória tem aproveitamento de 47% no segundo turno. O homem precisa ser julgado pelos erros e acertos”, concluiu Fábio Mota.