Com passagens por clubes como Internacional, Fluminense, Athletico-PR e Vitória, o atacante Walter segue lutando para jogar futebol, mesmo com problemas físicos e psicológicos. Anunciado em maio pelo Pelotas para a disputa da Série A2 do Campeonato Gaúcho, o centroavante atuou em apenas cinco jogos, sem marcar gol, e já se despediu. Ele solicitou a rescisão de contrato com o clube gaúcho após ser alvo de ameaças de alguns torcedores.
Walter foi ameaçado após o jogo contra o Real Sport, pela Copa Federação Gaúcha, na última quarta-feira. O motivo das cobranças foi o pênalti perdido nas quartas de final da Série A2 do Gauchão, na eliminação do Pelotas contra o Monsoon, no fim de semana. Em entrevista para a RBS TV, Walter detalhou como foi o episódio.
O atacante foi hostilizado por um grupo de torcedores enquanto fazia o aquecimento, próximo à arquibancada da Boca do Lobo. As agressões continuaram após o término do duelo, que terminou com vitória do Lobo por 3 a 0. No caminho para casa, o centroavante foi novamente abordado por torcedores e disse que precisou ser escoltado pela Brigada Militar para não sofrer agressões.
“Aconteceu o que aconteceu no último jogo da Série A2, caímos fora. A cabeça já estava ruim por tudo, tinha errado o pênalti. Só que mais três erraram também, o time todo perdeu. Minha cabeça já estava ruim, por muita coisa que vem acontecendo na minha vida, com minha mãe e meu irmão. E ontem vi que não dava. O professor não me colocou no jogo, um jogo fácil. Podia me colocar um pouco, ele optou por não me colocar e eu achei melhor pedir para sair”, declarou.