Bellintani diz que FBF ignorou ofício do Bahia e que "Vitória virou intocável"

Bellintani diz que FBF ignorou ofício do Bahia e que “Vitória virou intocável”

"O Vitória virou intocável. É diferença de tratamento", disparou o presidente.

Bellintani diz que FBF ignorou ofício do Bahia e que “Vitória virou intocável”

Na noite desta quarta-feira, após o triunfo sobre o Jacuipense que garantiu a classificação do Esporte Clube Bahia às semifinais do Campeonato Baiano, o presidente Guilherme Bellintani em entrevista à Rádio Sociedade da Bahia, rebateu o vice-presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF), e afirmou que houve um acordo em 2019 para que Bahia e Vitória jogassem o Estadual com equipes de transição para que a entidade marcasse datas simultâneas com a Copa do Nordeste. No entanto, o Leão – por conta da pandemia – teve apenas um time que disputou as duas competições, fazendo com que a FBF remarcasse seus jogos para não confrontar com as datas dos jogos da Copa do Nordeste. Vale lembrar que as partidas do Rubro-Negro foram remarcados por conta de surtos de Covid-19, alterando a data da última rodada do Baianão.

 

“O vice-presidente Manfredo esqueceu de contar a história toda e o reflexo disso acaba se tornando uma inverdade. Tivemos uma reunião em 2019: eu e Vitor Ferraz representando o Bahia, o presidente Paulo Carneiro representando o Vitória, o presidente Ricardo e, salvo engano, o vice-presidente Manfredo estava. Bahia e Vitória se comprometeram em jogar os Campeonatos Baianos, a partir de 2020, com os times de transição, e a Federação Bahiana marcaria jogos concomitantes com as outras competições que Bahia e Vitória estivessem jogando. Por que? Porque a Copa do Nordeste precisava ganhar mais datas. Ela estava saindo de um modelo e indo para outro. Com isso, o Baiano seria estrangulado ou os times teriam que jogar com os times alternativos”.

“Em 2020, Bahia e Vitória jogaram o Baiano com o time de transição até a pandemia. Em 2021, fomos surpreendidos porque o Vitória anunciou que jogariam com o time principal. O Vitória tem o direito, mas nós não fomos informados de que nosso acordo estava caindo. Não precisa me dar satisfação, ele [Paulo Carneiro] não me deve satisfação. Mas eu queria entender da Federação se as datas continuariam sendo marcadas de forma concomitantes ou se não haveria mais isso. No começo do Campeonato Baiano desse ano, a Federação nos perguntou se a gente jogaria com o time sub-23. Eu disse que seguiríamos e continuou sem nos falar nada. Inclusive, o início do Baiano foi antecipado para o Vitória ter mais datas para não chocar com outras competições. Qual foi a reclamação do Bahia? Zero. Nenhuma. Nunca nos dirigimos para reclamar. Começou a marcar datas concomitantes do Bahia e o Vitória com todo o espaçamento necessário. O Bahia nunca reclamou disso. Nos sentimos prejudicados? Sim. Perdemos um pouco de flexibilidade. A Federação exigiu do Bahia que jogasse sábado e domingo e deu a possibilidade do Vitória jogar quartas e domingos. Por que o Vitória não poderia jogar com o time reserva um jogo só e manter o final da fase classificatória? Por que a Federação não poderia marcar um jogo terça, um jogo quinta e um jogo domingo e ajustar para o Vitória jogar um jogo com reservas?”, completou.

Bellintani também afirmou que a FBF ignorou um ofício do Bahia com o pedido de que a última rodada do Campeonato Baiano fosse remarcada e disparou que o “Vitória virou intocável”.

“Nunca houve diálogo. O Bahia mandou um ofício para a Federação avisando que não poderia jogar na primeira semana de maio com o time de transição. Sabe o que a Federação fez? Ignorou o ofício do Bahia. E o tempo foi passando e a final da Copa do Nordeste virou realidade. Jogo sábado, jogo terça e jogo sábado de novo. Tenho um time de transição para apoiar em jogos importante, um exemplo disso é Guedes e Teixeira que foram para o time principal. Eu não pedi para parar de jogar com o time de transição. Pedi apenas para que a nona rodada não fosse adiada e que o Vitória jogasse três partidas em uma semana. O Vitória virou intocável. É diferença de tratamento. Ter um time de transição ajuda o Campeonato Baiano a ter mais dinâmica, mas não pode ser uma prisão. O Bahia foi prejudicado por ter um time de transição”, pontuou.

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Baiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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