Além de ter revelado que emprestou R$ 1 milhão ao Esporte Clube Bahia no ano passado, sem cobrar juros, para pagar cerca de 320 funcionários que ganhavam até três salários mínimos e estavam com os vencimentos em atraso, o presidente Guilherme Bellintani também revelou que se reuniu com o consórcio que administra a Arena Fonte Nova para discutir a divisão do Sócio Acesso Garantido, modalidade em que, em condições normais, o sócio tem entrada liberada ao estádio em dias de jogos. Como as partidas são realizados sem público desde o último ano, as duas partes chegaram a um acordo para que toda a verba dos associados entre diretamente nos cofres do clube.
“Até o momento da pandemia, a receita do Sócio Acesso Garantido era dividida entre Bahia e Arena. Em abril [de 2020], fizemos um acordo com a Arena, e a receita passou a ser totalmente absorvida pelo Bahia, já que não faria sentido repassar uma parte do Acesso Garantido para a Fonte Nova. Não estávamos utilizando as instalações. Mesmo depois, na volta aos jogos sem público, isso se manteve e se mantém até hoje. Toda a receita do Acesso Garantido vem para o clube, não é dividida com a Arena. Além disso, a Arena Fonte Nova segue dividindo com o clube os custos operacionais de jogo meio a meio, o que foi fruto de negociação nossa com o consórcio.”
“Até março [de 2020], a receita era dividida na proporção do contrato. Todo primeiro pagamento era do clube. A partir dali, o que é Acesso Garantido era dividido entre Bahia e Arena. Desde o início da pandemia, sentamos e renegociamos. O valor do Acesso Garantido tem sigo pago integralmente ao Bahia. Além disso, o valor correspondente ao custo de operação de cada jogo, porque mesmo não tendo público no estádio, a operação de jogo tem custo. Energia, pessoal, limpeza. Esse custo operacional passou a ser dividido entre Bahia e Arena. Foi um avanço que entendemos como positivo. A realidade é que a Arena foi e tem sido muito parceira.”