O futebol brasileiro segue sem previsão para um retorno e o calendário vai se afunilando a cada dia que passa, dificultando ainda mais o ajuste de datas dos torneios que foram paralisados e os que ainda irão iniciar. Semanas atrás, chegou-se a cogitar a possibilidade de mudar o formato do Campeonato Baiano, voltando com o mata-mata, no entanto, logo foi descartado. De acordo com o presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, um dos líderes da Comissão Nacional de Clubes, os presidentes dos clubes não irão abrir mão do Brasileirão de 38 rodadas, por questão de garantia financeira.
“A gente (presidentes dos clubes) prefere não abrir mão desse campeonato de 38 rodadas por um motivo muito simples: é o que a gente tem na mão de garantia financeira. Por outro lado, tem o fato simbólico de já termos conquistado um modelo de competição que já está estruturado e estabilizado”, diz o presidente do Bahia, em entrevista ao podcast 45 Minutos.
Bellintani ressaltou que é mais fácil abrir mão de outras competições, por exemplo a Copa do Brasil, do que flexibilizar o Brasileiro. “Se um clube fala que prefere manter a Copa do Brasil e abrir mão de 20% do Campeonato Brasileiro, ele corre o risco de perder logo na primeira fase da Copa do Brasil e já ter perdido a parte do contrato do Brasileirão. Então, eu diria que a proposta mais concreta hoje é de manter o Campeonato Brasileiro. É o mais sincero, é mais orgânico e vem de dentro das reuniões de forma muito clara. (É mais fácil) abrir mão de outras competições, se for preciso, do que flexibilizar o Brasileiro”.