Os Estados mais afetados pela pandemia descartam completamente a retomada de atividades em maio. No caso do Rio de Janeiro, a maioria dos clubes querem a volta do Estadual e até assinaram uma nota da FERJ, com exceção de Botafogo e Fluminense. O Campeonato Amazonense já foi oficialmente encerrado, enquanto o de Rondônia só será retomado em novembro. As federações de regiões menos combalidas, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, pressionam pela volta, mas isso só acontecerá com a autorização das autoridades sanitárias, o que não deve ocorrer antes de junho. No futebol baiano, o Governo do Estado prorrogou a proibição de jogos até 18 de maio e as chances de retomada esse mês são nulas.
O veterano goleiro Fernando Prass, do Ceará, diz ser impensável cogitar a retomada do futebol no Nordeste atualmente. “Depende muito de estado para estado. Aqui no Ceará a situação está gravíssima. Não adiantaria o jogador ou o clube quererem jogar, são as autoridades sanitárias quem tem de decidir.”
Sobre a redução salarial por conta da crise, o arqueiro afirmou que os atletas precisam entender. “Ninguém quer ter seu salário reduzido, mas temos de entender que é um momento de exceção. É uma simbiose, a gente também depende dos clubes.”
O goleiro de 41 anos ainda criticou a guerra política que vem sendo colocada acima das questões mais importantes. “O Brasil hoje além de viver uma crise sanitária vive uma crise política. A guerra política vem sendo colocada acima de questões mais importantes e isso acaba afetando em tudo.”