A estreia de Roger Machado era esperada com ansiedade pela torcida tricolor. A mudança de técnico era necessária e inquestionável, mas insuficiente para o Esporte Clube Bahia ter um time que convença sua nação.
O jogo contra o CRB, diz mais sobre o Bahia do que sobre seu novo técnico. Ainda é muito prematuro para se fazer uma análise acurada sobre Roger. Posso dizer que percebi duas mudanças positivas no comportamento do time: parou de dar chutão na saída de bola e passou a valorizar mais a posse de bole (principalmente no primeiro tempo). Quanto ao técnico, mostrou que tem coragem de mexer no time enquanto alguma coisa ainda pode ser feita.
Fico pensando como Nino joga no Bahia…
Sobre a interferência do professor durante o jogo, achei que colocar Fernandão no lugar de Ramires não era a melhor opção. Deus me livre de ser contra nosso ídolo Fernandão entrar em campo, mas, naquele momento do jogo, o Bahia já tinha um centroavante e a bola não estava chegando para Gilberto. É verdade que Ramires não estava bem, mas com a saída de um homem do meio, por lógica, a bola chegaria menos ainda ao ataque. Esperar cruzamento de nossos laterais é um sonho que não temos.
Então, como a bola chegaria para Fernandão e Gilberto? Aparentemente, Roger percebeu o que estava acontecendo e colocou Shaylon para tentar corrigir o problema.
Por outro lado, velhos problemas serão difíceis de serem superados. A lentidão para o contra-ataque, a dificuldade na transição defesa-ataque e, principalmente, a incompetência para fazer gol.
Ainda estou pensando como Nino joga no Bahia…
Superado o problema Enderson Moreira, ficam evidentes os erros de contratação do começo da temporada e a necessidade de correções. Perdemos Thiago e não tivemos reposição à altura; Moisés vai bem defensivamente, mas longe de saber fazer um cruzamento aproveitável; a ausência de Zé Rafael é sentida a cada jogo; os homens de frente, salvo Fernandão e Gilberto, não fazem gol.
Faço uma autocritica sobre minha opinião a respeito de Elber, ele melhorou muito nos últimos jogos, mais participativo, conduzindo a bola para o ataque e sendo uma boa opção pela direita. Permanece com dificuldade para colocar a bola na rede.
Assim meus amigos, vimos que não basta trocar o técnico, é preciso mais. Não digo que seja o caso de trazer um time inteiro, mas contratações pontuais são indispensáveis para uma boa campanha no Brasileirão. Nenhum técnico faz milagre com Rogério, Guilherme, Arthur Kaique, Artur, e Cia.
E Nino? Ainda estou pensando como Nino joga no Bahia.