O que é que o Bahia tem? Dois títulos nacionais. Motivo de orgulho da nossa nação, que a propósito mais recente no que vem entra no rol das balzaquianas. Tem sede, que no momento não temo condições financeiras de ocupá-la; uma arena de aluguel, um elenco que não inspira confiança e gestores cheios de ideias mirabolantes, todavia na prática ainda não surtiu efeito, mormente na questão que a razão de ser Bahia, no futebol.
Não justifica salientar que o time está sendo reconstruído, que pegou o time fundido em insolventes dívidas e mais dívidas, sem moral, sem capital, sem sede própria, sem isso e aquilo, todos nós estamos carecas de saber. Se estava assim por que cargas d’água aceitou o desafio de geri-lo, quem comprou o desafiou de gerir o Bahia, que o descasque, Ninguém o assumiu enganado.
Portanto, chega de cheiro mole! Queremos resultados! Chega de lutar para não cair. Chega de sofrimento ano após ano. Chega da mesmice do desce e sobe. Se for para vê-lo assim e melhor ficar logo sem divisão alguma. Quando nada não corre o risco de cair. Nós torcedores, estamos mais do que cientes do que é que o Bahia tem, e o que e que o Bahia não tem:
Jogadores que o ame, mesmo que não seja pelas suas cores, pela suas glórias do passado, mesmo que seja pelos pomposos salários que percebem em dias. Mas queremos jogadores comprometidos, vibrantes!
As “desculpas” de que, ah, estamos disputando ou estávamos quatro competições, que o elenco é limitado, que não temos os mesmos recursos daquele, daquele outro, ora nós que não somos gestores sabemos disso, imagina vocês, então se sabiam desses percalços, dessas dificuldades, por que miséria não se planejaram, para enfrentá-la com dignidade. São gestores profissionais ou amadores como muito de alguns de nossos jogadores?
Do que adiantou, ufanaram-se que estamos em quatro competições simultâneas, de grande importância para o futebol nacional e internacional, se depois, usa as mesmas conquista, como justificativa, nada plausível, para querer mitigar a falta de planejamento prévio. Quem não pode competir em quatro competições concomitantes não assanha seus torcedores.
Pois certamente, haveria o cansaço, o pouco intervalo entre uma partida e outra, levaria o time já sofrível, a ser inconstante, a não manter o mesmo ritmo do início ao fim, que haveria baixas em razão do acúmulo de jogos em pouco espaço de tempo, e que alguns jogadores não aguentariam o tranco, sem levar em conta que não tinha nem temos elenco qualificado para poder mesclar o time, e uma série de outros de fatores que estamos retardo de saber.
Daí, a atual situação do Bahia, no campeonato é unicamente por falta de planejamento antecipado, o elenco que aí está bom ou mau, foi forjado, para disputar as competições que estão em jogo. Não podemos aceitar que uma conquista possa ser motivo de fracasso, para o fracasso de quem não às planejaram adequadamente.
Não somos nenhum gestor nem profissional nem tampouco amador, quando nada eu não sou, mas como torcedor sei o que é que o Bahia tem, e o que é que o Bahia não tem; tá na cara, até os cegos sabem, pois ouvem, e os surdos, sabem, pois veem, que o elenco não é suficiente e capaz de encarar, as duas competições paralelas, sem correr o risco de retornar a segunda divisão, porquanto, nesse instante é isso que o Bahia tem, um elenco para série A e olhe lá! Tá mais para B que A.
Lázaro Sampaio, torcedor do Bahia, amigo e colaborador do Futebol Bahiano.