Tudo é cobrado no Brasil, no entanto, essa cobrança da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo cobrando cerca de R$ 38,2 milhões de 14 clubes de futebol e da CBF em razão de serviços prestados durante a realização de partidas na cidade de São Paulo é novidade, e de certo ponto legitima, afinal, FUTEBOL já tem deixou de ser apenas entretenimento para se transformar também em algo que enriquece clubes e jogadores, e não pode ser o poder público que tem de financiamento para viabilizar negócios da iniciativa privada.
Os maiores devedores são o São Paulo (R$ 16 milhões), o Corinthians (R$ 9,9 milhões) e o Palmeiras (R$ 8,7 milhões). Os valores incluem multas pelo não pagamento dos serviços, honorários advocatícios e custas processuais. Essas informações são do Jornal Folha de São Paulo.
São Paulo, Palmeiras e mais sete clubes sofrem cobranças judiciais: Portuguesa, Juventus, Bragantino, Guarani, Oeste, Rio Branco e Barueri.
Há ainda cinco clubes (Corinthians, Santos, São Caetano, Santo André, Linense), que aderiram a um programa de regularização de dívidas e, com isso, obtiveram descontos da empresa.
Criado em dezembro do ano passado, o programa oferecia cinco possibilidades de pagamento: à vista (desconto de 85%), em até 12 vezes (desconto de 75%), em 24 vezes (65%), em 36 vezes (55%) e em até 48 parcelas (desconto de 45%).
O Corinthians foi o último time a se inscrever no programa, parcelando sua dívida em 48 vezes. O clube, que faturou R$ 391,2 milhões no ano passado, afirma que aderiu ao plano de regularização com o objetivo de dar um fim à discussão sobre o mérito no processo que tramita na Justiça.
O Santos, que devia R$ 1,27 milhão e em 2017 obteve uma receita de R$ 287 milhões, se comprometeu em quitar o valor em 36 parcelas.
O programa de parcelamento foi encerrado no dia 05 de maio. A dívida total cobrada pela CET dos mais variados tipos de eventos realizados na cidade, e não apenas os promovidos pelos clubes de futebol, atinge, segundo cálculos da empresa, R$ 103,5 milhões.
Nos processos judiciais, a CET alega que, devido a realização das partidas na cidade, precisa agir para mitigar o impacto causado pelo afluxo de torcedores. E isso, diz, lhe acarreta altos custos.