Uma frase de um torcedor do “vice” me inspirou sobre Jean e que faz jus a idolatria em torno dele: um dia Jean é o melhor jogador do Fantástico e no outro ele é um desastre como hoje.
Na verdade, vivemos no gol do Bahia pensando nas manchetes e tiradas da publicidade para vender seu produto como faz alusão uma música do Titãs sobre “os 10 últimos sucessos da semana/ os 5 mais vendidos do mês passado”. Futebol virou um negócio estúpido que um homem do povo, como eu, percebe com facilidade o embuste.
O problema são os que veem esse jogador como uma sumidade no gol sem fazer uma crítica sobre os problemas técnicos visíveis nesse goleiro. O tempo de Jean sair do gol nos escanteios e sua colocação precisam ser trabalhados com mais atenção! O Bahia sofre com essas oscilações de grandes espetáculos no gol na mancheta do dia seguinte, como poderá vir uma derrota por causa dessa angústia que a torcida sente a cada escanteio ou saída em falso do nosso arqueiro. A opção por Jean, contudo, foram feitas no gol tricolor.
Penso que o melhor para o clube seria mesmo a saída de Jean para outro clube para que sem a proteção dos seus fãs e também das críticas exageradas da torcida pudesse ter um contado com outra dinâmica de trabalho que o desafiasse. Algumas vezes é muito bom para o goleiro treinar para ser ídolo do seu clube, outras para humildemente estabelecer metas contra erros sucessivos contra as saídas em falso do nosso goleiro. Podíamos estabelecer metas tal qual a prevenção contra acidentes de trabalho. Estabeleço até uma meta para Jean: Quantos jogos ele conseguiria passar sem levar um gol de uma saída em falso?
Superada esta questão de Jean como astro da televisão, podemos então pensar num tipo de elogio ao nosso goleiro por essas metas que estabeleci. Não precisamos de grandes matérias em jornais sobre a capacidade de nosso goleiro! Precisamos, creio, que Jean simplesmente pare de tomar gols por causa de saídas do gol em falso. Que nosso goleiro supere essa insegurança e consiga espalmar também uma bola para longe dos pés do adversário. Entrego, então, essa tarefa para os treinadores de goleiro do Bahia, inclusive seu pai!