Carpini valoriza vitória e explica mudanças: ‘Não tenho medo de arriscar’

Com a vitória, o Leão chegou aos 32 pontos e deixou a zona de rebaixamento.

Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

O Esporte Clube Vitória venceu o Red Bull Bragantino, por 1 a 0, na tarde deste sábado (19), no Estádio Manoel Barradas, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. O gol foi marcado por Everaldo. Na entrevista pós-jogo, o técnico Thiago Carpini explicou a escolha pelo meia Jean Mota no time titular, que surpreendeu a todos.

“A gente procura estratégias em cima de cada adversário, tentando usar o que tem de melhor. Com o Jean Mota, a ideia era controlar mais o jogo. Enfrentei o Bragantino quatro vezes neste ano, e eles fazem uma linha de cinco na frente de zaga. E eu sinto o Matheusinho mais sobrecarregado nessa criação, já que os jogadores de lado jogam mais na profundidade e não vêm muito para dentro para circular a bola. A ideia com o Jean, que era um dos meias de origem que temos no elenco, era fazer um quadrado atrás dessa segunda linha e sustentar mais o jogo para soltar mais o time. O Bragantino é um time de muita transição, eles têm muita força. Colocar o Everaldo e o Carlos Eduardo desde o início deixaria o jogo com muita trocação e pouco controle”.

No intervalo, Carpini tirou Jean Mota e Mosquito para as entradas de Everaldo e Carlos Eduardo. Aos 18 minutos, o treinador gastou as três alterações restantes, com as entradas de Zé Hugo, Machado e Willian Oliveira nos lugares de Luan, Ryller e Janderson. Ele falou sobre as mudanças ousadas e frisou que não tem medo de arriscar.

“Sim, para arriscar um pouco mais. Como eu falei, tudo dentro de um equilíbrio para não ficar muito exposto. A gente não pode se expor demais contra esse tipo de adversário, a Série A é muito difícil. Mas naquele momento a ideia era essa mesmo, arriscar um pouco mais dentro de um equilíbrio para vencer a partida. Não tenho medo de arriscar, tenho convicção do que faço no dia a dia. Foi assim contra o Atlético-MG. Se desse errado eu ia ouvir muito, e hoje foi a mesma coisa colocando o Jean”.

“Em alguns momentos foi bom, mas na grande parte do jogo não. O que me sustenta é o treino, e o Jean vem treinando muito bem. Eu valorizo o que ele tentou produzir,. Sabemos que ele não tem ritmo e é difícil para o atleta voltar em um jogo de alta rotação como esse. Agora é contagem regressiva, e precisamos trabalhar também o aspecto emocional. Não foi uma das nossas melhores apresentações, muito pelas ausências. O Jean e o Ryller foram escolhas minhas, e ainda teve o Janderson. Três peças fazem a diferença, são mudanças consideráveis para um time entrosado”.

O treinador analisou a partida. “No primeiro tempo procuramos sustentar o jogo para não ser um jogo de tanta trocação. Enfatizamos mais a saída de três no segundo tempo e ganhamos amplitude com Carlos Eduardo, Everaldo e Zé Hugo. A saída de três sempre obrigava os meias deles a quebrarem a linha, o que deu mais liberdade ao Matheusinho. Não foi das nossas melhores apresentações, mas vencemos uma equipe forte e que é nossa concorrente. Estou satisfeito pelo compromisso dos atletas. Não chegamos aqui na condição que queríamos estar na tabela, mas estamos bem mentalmente. Enaltecer também a torcida, que nos faz mais forte dentro de casa. Pedir também um pouco de paciência. Não dá para jogar de peito aberto na Série A, precisamos ter controle e equilíbrio”.

Com a vitória, o Leão chegou aos 32 pontos e deixou a zona de rebaixamento, assumindo o 16º lugar, com a mesma pontuação do Corinthians, mas joga o time paulista para o Z-4 pelo critério de desempate. Já o Bragantino segue em 13º, com 35 pontos.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

Deixe seu comentário