A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta segunda-feira o áudio do VAR no segundo gol marcado pelo Cruzeiro contra o Vitória, em jogo que terminou empatado em 2 a 2, no Estádio Manoel Barradas. No lance, o meia Matheus Henrique domina a bola com a mão no início da jogada, que termina com gol de cabeça de Dinenno. Os rubro-negros também reclamaram de um empurrão do centroavante em Léo Naldi.
O VAR interpretou o empurrão do atacante como “braço de referência”, sem impacto na jogada. Já o toque de mão de Matheus Henrique, o árbitro de vídeo analisou que o jogador dominou a bola em uma “região permitida”. Veja abaixo o diálogo e o vídeo.
– Aqui uma possível mão. Para no momento do contato.
– Estão reclamando de um possível empurrão também.
– É uma mão de disputa. É um braço de referência, que não impacta. Vou ver só a possível mão no início.
– Checado, tudo ok. Não tem nada que defina. Parece que pega em uma região permitida aqui.
Em entrevista após o jogo, o presidente do Vitória, Fábio Mota fez fortes críticas contra a arbitragem brasileira, pediu profissionalização e disparou que o que aconteceu no Barradão foi algo “escandaloso e vergonhoso”.
“Eu não costumo fazer isso, nunca fiz como presidente do Vitória. Mas hoje, acho que passou de todos os limites. Acho que o que está acontecendo com a arbitragem brasileira, especificamente com o Vitória, é uma vergonha”, disse Fábio Mota, presidente do Vitória.
“Fomos prejudicados contra o Botafogo em um gol anulado sem sentido. Fomos prejudicados contra o Corinthians, quando o VAR chamou, e o árbitro não expulsou o jogador do Corinthians. Hoje foi um escândalo em todos os sentidos. Não estou discutindo se o Cruzeiro já teria empatado o jogo, acho até que já merecia ter empatado, mas não dessa forma que foi. Está nítido que não é fácil brigar no Campeonato Brasileiro como estamos brigando. Fazemos um esforço gigante para enfrentar de igual para igual times fortes como esse, um time milionário com investimento de mais R$ 200 milhões e folha de R$ 30 milhões. O Cruzeiro não precisa disso. É um absurdo, é vergonhoso. Precisamos clamar pela profissionalização da arbitragem. Enquanto a arbitragem não for profissional, vamos ficar cheio de dúvidas e indagações na nossa cabeça”, desabafou.