E.C Bahia: Posse de bola sem efetividade é só estatística vazia!

Perdemos de um time que ganhou "culposamente" da gente, sem a menor intenção de ganhar

Fotos: Rafael Rodrigues/Divulgação/Bahia

O Esporte Clube Bahia não merece realmente a torcida que tem, após uma festa gigantesca, sem precedentes, nos prestamos em campo ao papel da ineficiência e mais uma vez da posse de bola excessiva e pouco objetiva. O próprio Kevin de Bruyne, do Manchester City, em entrevista ressaltou que: “posse de bola sem efetividade é só estatística vazia”.

O Bahia mais uma vez, entrou em campo, tocou milhões de bola para o lado e pra trás e quando chegou a frente ao goleiro do Flamengo, não teve a competência que os caras tiveram numa bola só. Apesar de o Flamengo ter entrado em rotação baixa e estar muito conformado com o empate, ainda conseguimos a proeza de tomar um gol de um time que sequer demonstrou essa vontade de marcar, mas, que aproveitou a única chance que teve no jogo.

Precisamos nos acostumar em ser decisivos, resolver partidas na hora que se tem a chance, posse de bola é importante, sim, mas por si só não ganha jogo. Jogo para encher os olhos com firula e TIC TAC, é o showbol, o fut7 ou o X1, futebol profissional de alto rendimento tem que ter foco no RESULTADO, tanto que daqui a 10 ou 20 anos ninguém vai lembrar de um time que joga bonito e perde. Futebol se ganha fazendo gols e ponto.

Estamos no dia 30 de agosto e a janela de transferências está bombando em todos os times do Brasil e nesse cenário o Bahia contrata “apenas” Lucho Rodriguez. Enquanto o Bahia perdeu Oscár Stupinãn o grupo City aparentemente se satisfaz com o elenco curto e sem reposição pontual.

Nosso treinador não pratica variações de peças durante os jogos, as substituições são sempre as mesmas, não usa a base que tem jogador com passe estipulado em bilhão de reais (nos outros times garotos de 16 anos jogam sem problema nenhum), não lê o jogo em tempo hábil, não ousa taticamente, entrega ao adversário um modelo pronto e já conhecido, sem abrir mão disso em hora nenhuma.

Em competição de “mata mata”, o próprio nome diz, tem que matar senão morre, o Bahia atualmente morre nas convicções de Ceni, pois não possui um matador nato e o cara que seria o 9, joga numa função mais de ponta/marcador para prestigiar o Futebol de Cauly, que não está exuberante como foi em 2023.

Gol é caro, se quiser ter tem que gastar com um jogador de decisão na área, essa peça é imprescindível para um time que cria, cria e na hora de decidir os lances falha, não decide, não broca, são esses gols que faltam ao fim das partidas. É hora de sabermos, sem ser enganados, se vamos até o final com esses jogadores? Se vamos, ficar a ver navios mesmo o GRUPO City sendo essa potência financeira mundial? Se estão conformados com G10 e quartas de final da Copa do Brasil? O torcedor quer e merece saber!!!

A verdade é que essa reclamação não é do jogo das quartas da COPA BR apenas, passamos bons jogos sem perder na Fonte, mas, a concentração nesse tipo de partida é fundamental. Precisamos de uma mente resultadista, pois quando o resultado não vem, cai por terra qualquer tipo de desempenho, scout e outras firulas estatísticas que se usam nas análises dos programas de rádio, tv e internet.

O que ficou do jogo que perdemos, foi que o Bahia jogou com exuberância, mil minutos de posse de bola, mostrando ao ao país e ao mundo um meio campo daqueles (que realmente é bom mesmo), mas, o placar do jogo fez mostrar a história apenas pelo resultado.

Perdemos de um time que ganhou “culposamente” da gente, sem a menor intenção de ganhar.

Não há nada acabado, contudo, com a Zica que Ceni tem contra o Flamídia e se não mudar a atitude fora de casa, principalmente no que tange a ser decisivo, nós não iremos ver o Bahia fazer história como tanto queremos.

Na bronca, mas sempre acreditando até o último minuto…

Diego Campos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

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