De vilão a herói em 3 dias – por Erick Cerqueira

Fala, Nação Tricolor! Como vocês estão, seus classificados? Parece que o jogo mudou, né? Ao menos a cabeça de Ceni, parece que mudou um pouco. E isso é bom.

O Bahia entrou em campo num dia histórico. Há exatos 30 anos, eu entrava na Fonte Nova mergulhando na catraca, para passar mal com um gol no final do jogo. O coração disparou, faltou ar, tomei banho de cerveja e guaraná de todo mundo, passei quase 14 anos sem assistir BAVIs graças ao icônico Gol de Raudinei. E queria parabenizar ao Darino Sena e equipe, pela criação de um documentário especial sobre o Bavi com sobrenome. 

Mas, de volta para o futuro, na nossa frente tínhamos o líder do Campeonato Brasileiro pela frente. E eles fizeram o Bahia mudar o seu estilo de jogo. Foi um primeiro tempo sofrível. Os caras passearam na Fonte Nova. Tiveram chances absurdas de abrir o placar. E nós, tínhamos a sorte.

O Bahia não fez um bom jogo. Parecia que estava com medo, no primeiro tempo. Estranhamente errando passes bobos, saídas de bola simples, complicando. E deixando o adversário gostar do jogo. Marcos Felipe fez duas defesas absurdas. E Cauly foi a grata surpresa, se recuperando da má fase, graças a Jah.

Gabriel Xavier fez uma partida muito ruim. Mas do lado dele, tínhamos um heroi híbrido. Kanivis, uma mistura de Super Homem com máscara de Batman. 

O jogo caminhava para o intervalo, com a gente rezando pelo apito do juiz, aí Gregore faz uma merda, larga a mão na cara de Árias, e é expulso. Que bom, que dessa vez, ele estava do outro lado. O juiz marcou a falta, o VAR chamou e ele foi expulso. 

Um novo jogo

Segundo tempo e o Bahia entrou do mesmo jeito. Mal. Mesmo com um a menos, só os caras chegavam. E perderam gol de cara, matando bola no peito e jogando na lua. Fazendo gol impedido. Invadindo a área driblando lateral… foi um sufoco. 

Ceni fez aquilo que a gente sempre pediu. Se não tá conseguindo chegar de um jeito, muda. 

Meteu Biel no time e mudou o formato. Saímos de um 4-3-1-2, onde Cauly ficou muito encaixotado, para um 4-3-3 mais clássico, dando mais amplitude ao time. E foi fundamental.

Biel tenta de cobertura, o goleiro tira. Chute cruzado de Jean, pra fora. Cruzamento de Juba, passe de peito de Everton, toque de Thaciano, mas o goleiro salvou. Cabeçada certeira de Everaldo e o zagueiro salva debaixo do gol. E aí, a mística Tricolor entrou em campo. No dia certo.

O gol importante vem de um jogador saído do banco de reservas, depois dos 40 minutos e na mesma trave onde o camisa 15 mais famoso do Bahia, largou o dele. Dessa vez, foi o 17. 

Bola recuada pro goleiro dos caras, Everaldo pressiona, o cara estoura, Jean Lucas disputa no alto e a bola sobra pra Biel. Ele vira o jogo. Everton Ribeiro dá um passe de craque e diz: faz agora, garoto. E Lucho fez, de primeira, faz um golaço histórico, numa data histórica para o Bahia! 1×0.

Fim de papo. Faz o Pix, CBF. Chupa, Textor. Chora, Botafogo e…

BORA BAÊA MINHA PORRA! 

Eu avisei que crucificar o garoto por uma partida era maluquice. E se ele foi o culpado pela derrota da quarta, hoje foi o culpado pela classificação. E por isso o futebol é maravilhoso. Em 3 dias o cara sai de vilão pra heroi. 

Agora é voltar as atenções pra o Brasileirão e esquecer o líder, porque a briga é com outro time que luta pra não cair. E chegou a hora de vencer os times de baixo da tabela, com a bênção de São Raudinei.

Autor(a)

Erick Cerqueira

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva, publicitário, parcial, Torcedor do Bahia e pai de Thor! Twitter: https://twitter.com/ericksc_

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