O Vitória perdeu para o Bahia neste domingo, por 2 a 0, na Arena Fonte Nova, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. Os gols foram marcados por Everton Ribeiro e Luciano Juba. Na entrevista pós-jogo, o técnico Thiago Carpini não poupou críticas a arbitragem, principalmente pela expulsão no primeiro tempo após discutir com o árbitro Bráulio da Silva Machado. Ele chamou o juiz de “tendencioso”.
“Eu achei totalmente desnecessário. Ele veio com uma vontade muito grande me dar o cartão, com muita energia, não entendi. Não falei com a arbitragem em momento algum. Sem dúvida para o próximo jogo impacta. Mas temos uma comissão competente e capacitada. Vamos nos preparar bem durante a semana”, desabafou o treinador.
“A gente tem que perguntar isso para o Bráulio, porque nem eu entendi. Foi um lance de falta para o Vitória, a bola pegou na mão e ele estava com visão não tão privilegiada, o assistente estava melhor. E eu fui falar com o assistente, quando virei ele já estava com o cartão amarelo. Eu não faltei com respeito. No próximo lance, eu estava conversando com os atletas para fazer a substituição, ele veio me perguntar quem ia sair, eu falei para ele e disse que antes tinha só ido falar que foi falta. Aí ele voltou e me deu outro amarelo dizendo que eu estava fora da área técnica”.
“Eu vejo Campeonato Brasileiro, Série A e Série B, todos os jogos. O próprio Rogério hoje estava quase dentro do campo, e eu também faço isso. Mas achei muito tendencioso ele dar o vermelho porque eu estava fora da área técnica. O segundo gol foi falta no Carlos Eduardo, e o mínimo que ele tinha que fazer era checar o VAR, porque foi mão”.
O treinador também reclamou de um toque na mão de Gabriel Xavier dentro da área. O VAR analisou o lance, mas entendeu que não foi pênalti e não chamou o árbitro.
“Não vai mudar o que eu acho, mas na minha opinião, foi mão. No mínimo ele poderia olhar o VAR. Ele ia ver que não é o jogador do Vitória que resvala na própria mão. É um corte de cabeça do adversário e resvala na mão do adversário. Já vi muitos pênaltis marcados assim no Campeonato Brasileiro, a gente assiste aos jogos todos os dias. Acho que valeria uma checagem. Se ele fosse ao VAR, ele iria constatar que, na minha opinião, foi mão, foi pênalti”.
Carpini analisou o Ba-Vi decisivo nos detalhes. “Um clássico né?! Jogo de poucas oportunidades decidido no detalhes. Nós tivemos três finalizações. O Bahia fez o gol e não finalizou mais. É a minha análise. Clássicos são poucas chances para os dois lados. Se o Bahia neutralizou o ataque do Vitória, então o Vitória também neutralizou o ataque do Bahia. A gente sabia que o começo da partida seria muito intenso. O gol sai rápido, uma bola desviada. Não teve uma pressão do Bahia, não teve uma superioridade ofensiva notória”.
Com o triunfo, o Esquadrão chegou aos 35 pontos e permanece na 7ª colocação, um ponto abaixo do G-6, enquanto o Leão segue com 21 pontos ocupando o 15º lugar, empatado com o Corinthians, que abre o Z-4.