Frase célebre usada na época da ditadura militar referente ao Brasil, serve como uma luva para o momento atual do Bahia. Diferentemente daquela época, quando a frase fora lançada para aplacar a revolta de grande parte do povo brasileiro que não se conformava com o rumo que as coisas estavam tomando no país, agora, trocando a palavra Brasil pela palavra Bahia, quero chamar a atenção daqueles torcedores que, revoltados com os últimos 06 jogos sem triunfo (escrevo antes do jogo contra o Botafogo pela Copa do Brasil), insistem em destratar o time do coração.
O Bahia tá jogando mal? Com certeza sim; o outrora quarteto fantástico não é mais o mesmo? Também com certeza sim; o bundamolismo belintânico voltou a aflorar nos jogadores? Infelizmente sim; e o técnico Rogério Ceni continua não fazendo nada do jeito que a torcida quer? Exatamente assim. Mas vamos combinar que tudo isso e mais que esteja acontecendo de ruim com o nosso esquadrão, não é, nem será nunca, motivo para tantas palavras de repúdio e ameaças de abandono ao time (aí incluindo deixar de ver os jogos, seja pela TV ou ao vivo na Fonte Nova) que parte da torcida vem fazendo.
Faço parte do “Grupo BBMP” democraticamente administrado pelo tricolor de bermuda e camiseta IVAN CASTRO e tem me deixado triste e preocupado as manifestações de parte dos integrantes do grupo contra o time, algumas até colocando em dúvida a honra de jogadores, bem como a capacidade do técnico Rogerio Ceni. E parte da imprensa também tem contribuído para que essas expressões contrárias se propagem ao longo do tempo. Certo comentarista, declaradamente torcedor do rival, chegou a publicar declaração, no mínimo precipitada, mas também invejosa e parcial, criticando veementemente a contratação/atuação de Luciano Rodríguez, no jogo em que fomos derrotados pelo Fluminense carioca, e, com isso, pôs mais lenha na fogueira, tumultuando ainda mais o já combalido amor da torcida pelo clube. Aliás, tenho certeza de que esse era o objetivo dele ao publicar a nota nas redes sociais.
Entretanto, as cobranças são necessárias. Não podemos nos acomodar com as derrotas. Não podemos, jamais, aceitar a volta do amadorismo e da incompetência moral que assolava o time dentro de campo na era belintânica. A exigência pela correção do que está errado, pelos acertos do que tem que ser acertado, têm que continuar. Porém, nada disso deve ser feito colocando em segundo plano o amor pelo time. Nada disso deve ser feito, desejando que o mal se alastre e que as coisas venham a piorar.
Agora, chegando no cerne das minhas intenções ao escrever essas mal traçadas, quero declarar meu amor inconteste ao tricolor, amor esse que, com certeza absoluta, paira nos corações de 99,99% da torcida. Mesmo daquela parte que vem agindo como descrevi acima. Aconteça o que acontecer, jamais vou deixar de ver os jogos, nunca jamais vou torcer contra. Não devemos nos deixar ser levados pelas expressões contrárias às nossas hostes tricolores e, juntos, haveremos de superar todos os entraves que, por ventura, venham a aparecer, agindo como sempre fizemos: amando nosso BAHÊA.
E sim, quero terminar dizendo àqueles 0,01% que persistirem em querer que o barco afunde para confirmar o seu “viu que eu disse?”: BAHIA. AME-O OU DEIXE-O!!!
Luciano Santana, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.