Tobogã Tricolor justifica bipolaridade da Torcida - por Erick Cerqueira

Tobogã Tricolor justifica bipolaridade da Torcida – por Erick Cerqueira

Foto: Letícia Martins/EC Bahia

Fala, Nação Tricolor! Nesse Campeonato Brasileiro o Torcedor do Bahia se mostrou um forte. Não morre mais do coração. Mas o meu medo maior, agora, é o choque térmico. O time que deixou a gente fervendo de excitação pela grande campanha que vinha fazendo, jogou um balde de água gelada nesse final de turno. A gente entende que todo time oscila. Mas não precisava ser entre vencer o líder fora de casa e quase perder pro lanterna, né?

Retrospectiva do Tobogã Tricolor

O Bahia começa tomando uma virada do Inter. Depois, sai perdendo pro Flu, pausa pelo dilúvio, e viramos o jogo que acabou no dia seguinte.

Saímos tomando 2×0 do ex-rival, mas do banco, surgiram Biel e Everaldo pra empatarmos. Pra cima do Grêmio e Eve broca de novo.

Saímos pra pegar o líder e Everaldo abriu o placar, o Botafogo empatou, e vem do banco a virada com De Pena e Ratão.

Thaciano broca o Red Bull. Depois, arrancamos o empate com o Galo, com passe de Oscar e golaço de Ademir, vindos do banco.

Everton Ribeiro cruza na cabeça de Jean Lucas e vencíamos o Fortaleza.

Aqui começou a campanha tobogã do Tricolor, que levou a Torcida do Bahia de Binha de São Caetano (Rumo ao Tri) a hiena Hardy (oh céus, oh vida, oh azar).

Everaldo e Caio Alexandre, vão buscar um empate contra o Criciúma que estava no Z4.

Jogando bem contra o Flamengo, entregamos a paçoca no último lance.

Goleamos o Cruzeiro, com um a mais, mas só no final do jogo, com Biel e Oscar vindo do banco.

Vencemos o Vasco, também com um a mais. 

Perdemos pro São Paulo jogando muito mal, mas vencemos o Juventude sem sustos, no jogo seguinte.

Encaramos bem o Palmeiras, mas tomamos 2×0 pela efetividade deles.

Com 4 reservas fomos pro Paraná e tivemos o maior triunfo desse returno, o 3×1 no Furacão. 

E ali achei que iríamos voltar ao normal, escrevi sobre os bons ventos após o furacão… Ledo engano.

Bastaria 2 pontos em 3 jogos, contra 3 times do Z4, sendo 2 em casa, e faríamos a melhor campanha do Bahia nos pontos corridos. Acreditem, não fizemos.

Humilhados pelo Cuiabá, fizemos a pior partida do ano. E depois, “a pior partida do ano”, virou chavão.

Pode-se se dizer o mesmo na derrota contra o Corinthians e, principalmente, no empate pífio contra o lanterna, e com agravantes. O gol saiu no último minuto e porque os caras perderam um jogador, minutos antes da jogada. Ah, e claro, os garotos da base que não estavam prontos, ajudaram no lance decisivo. 

Foi assustador ver o Bahia sendo engolido por um time fraco, que quase consegue sua primeira vitória, jogando em seu mando de campo, em cima de um time que, se ganhasse, entraria no G4. O Bahia deixou passar mais uma oportunidade de se firmar onde, nos discursos do treinador nos vestiários, disse acreditar brigar.

Ceni ou Cenner?

Curioso que o mesmo Ceni que disse preferir um elenco enxuto, hoje critica o elenco enxuto.

O mesmo Ceni que disse não ter elenco pra mais de 70 minutos, venceu várias partidas no fim e com gente que veio do banco sendo decisivo.

O mesmo Ceni que não queria Oscar, hoje lamenta sua saída.

O mesmo Ceni que não tinha garotos da base prontos, coloca os meninos, no jogo seguinte, por falta de opção, e eles resolvem. 

Todo mérito ao Ceni por fazer o Bahia se equiparar a melhor campanha de 1º turno nos pontos corridos. Mas se não ultrapassamos essa marca, toda culpa a ele também. 

O Bahia precisa aprender a jogar como favorito. E que não dá pra entrar tocando até o gol, com um time com 9 zagueiros dentro da área, o tempo todo. Longe de querer ensinar missa a vigário, mas será que a implementação da filosofia vitoriosa do Grupo City, no Brasil, não vai precisar de adaptações locais?

Pontos positivos da tragédia no Castelo do Dragão: 

  • A entrada dos meninos da base. 
  • O gol sai de uma cabeçada de Ratão, que só não tinha feito outro gol porque o juiz é maluco.
  • Encerramos o ciclo de 3 jogos sem pontuar no último lance.
  • Mais um gol de cabeça em bola cruzada na área.
  • A pior partida do ano, contra o lanterna, não foi na Fonte Nova e a gente não saiu meia noite do estádio.

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Autor(a)

Erick Cerqueira

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva, publicitário, parcial, Torcedor do Bahia e pai de Thor! Twitter: https://twitter.com/ericksc_



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