O Bahia, a derrota, o favoritismo e a corneta – por Erick Cerqueira

Fala, Nação Tricolor! Duas derrotas em sequência, jogando em casa, contra times que brigam contra o rebaixamento e que vão nos afastando dos nossos objetivos desse ano. e sabe o que é pior? A gente precisa aprender com esses erros, rápido, porque nos próximos 5 jogos enfrentaremos os 4 do Z4.

O Corinthians ficou na roda, num bobinho, durante tanto tempo que a torcida dos caras se calou. Mas em compensação, ganharam todas as divididas e roubaram várias bolas no carrinho. Era um time que sabia ser inferior, tecnicamente, mas fez a raça prevalecer sobre a qualidade técnica, jogou por uma bola, e achou.

O Bahia fez uma partida muito ruim. Começou com 20 minutos de bom futebol, mas depois sumiu. Nervosismo? Sentiu a pressão? Talvez. O time não conseguia finalizar. Os caras povoaram tanto o meio de campo, que forçavam o erro na construção de jogada do Tricolor.

No segundo tempo o jogo ficou tão frio que deixou 49 mil pessoas caladas por muito tempo. Só foi esquentar nos últimos 15 minutos da partida. Com o Bahia cruzando bolas na área dos caras e deixando evidente que era pra ter feito isso desde antes. Só que dessa vez, deu ruim.

Já houve um passado remoto, em que perder pro Corinthians seria algo ‘tolerável’ pela Torcida do Bahia. Principalmente na década da vergonha (2000-2010). Mas hoje, com o time lutando pelo topo da tabela, podendo chegar a quarta colocação, jogando em casa para quase 50.000 Tricolores, é inadmissível. 

A Torcida do Bahia vai de Binha de São Caetano para Hardy, a hiena, muito rápido, bicho.

Confesso, que perder já não é nem a pior parte. Muito menos as parcas gozações que ainda insis em em erigir do Z4. A corneta da Torcida do Bahia está se tornando intragável.

A derrota de ontem foi tão dolorosa, que quando acabou o jogo eu fiquei na arquibancada pensando no que tinha acontecido. Sai de lá virada na lá ela, pelo resultado e pelos comentários que fiquei ouvindo. A pérola: “esqueça o título a briga é pra não cair” foi a que mais me chateou. É um tipo de torcedor que nem deveria ir pra arquibancada, na moral.

Seja nas arquibancadas ou nas redes sociais, o que tem de “engenheiro de obras prontas”, é assustador. Parece que estavam só esperando o Bahia perder duas seguidas, pela primeira vez em 40 jogos, pra sair proferindo todos os tipos de soluções e teorias, que estavam presas na garganta pela boa fase do time no campeonato.

O time é previsível, não tem variação tática,  é a falta de utilização de jogador da base, precisa de uns 5 reforços, o lateral improvisado que não pula, a culpa é de Cauly-Everaldo-Thaciano, o ataque que não faz gol, o goleiro tem braço curto, os laterais estão sem tempo de bola, o meio de campo só toca pro lado… se a gente fizer um compilado das críticas, e apresentar pra alguém que não acompanha futebol, ele vai achar que o time está na lanterna da série b.

E as coisas não são bem assim. Todos os times do Brasileirão irão oscilar na competição. E isso era esperado no Bahia também. 

E outra coisa: a chegada de Lucho não vai transformar o Bahia em um time imbatível. O Lucho chega como grande contratação, é um grande jogador, mas ainda é uma promessa. Se é chamado de “o futuro Suarez” é porque ainda não é um Soarez, mas pode vir a ser.

Dito isso, quem foi o culpado pelas duas derrotas? Fácil. Os mesmos culpados pelos 30 pontos até aqui conquistados. 

E aí tá tudo errado? Calma, senhores. Falta um jogo pra finalizar o turno. Ganhando, viraremos a chave na luta pelo G4 do mesmo jeito. 

A sequência do Bahia segue sendo mais favorável. Agora, o Tricolor precisa aprender a jogar como favorito contra times que são, tecnicamente, muito inferiores. Senão, complica. 

Autor(a)

Erick Cerqueira

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva, publicitário, parcial, Torcedor do Bahia e pai de Thor! Twitter: https://twitter.com/ericksc_

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