Em menos de 2 anos de SAF, Bahia já começa a ser odiado pelos hipócritas

Com a 'era Grupo City' ainda no início, Bahia já começa a ser odiado pelos hipócritas do nosso futebol.

Foto 1: Vitor Silva/Botafogo - Foto 2: Divulgação/Bahia

“Se não fizermos alguma coisa sobre o Fair Play financeiro aqui, deveria ser um teto salarial, porque não têm os problemas que a Europa tem com teto salarial. Seria um limite contido internamente. Você não poderia gastar mais do que essa quantidade de dinheiro e garantiria que o fluxo ajudasse os jogadores ao longo de todos os níveis. É possível fazer isso de forma bem saudável […]. Esse é o meu aviso para Corinthians, Palmeiras, Flamengo… Se não fizermos algo, vamos acordar daqui a 70 anos, sob à atual estrutura administrativa, com pessoas que estão aqui hoje, o Bahia vai ganhar o campeonato brasileiro em 17 de cada 20 anos”. Este foi, um dos “arrotos” do John Textor, o dono da SAF do Botafogo, em longa entrevista ao GE, a respeito do atual contexto “agressivo” do Bahia no mercado da bola!

Creio que o torcedor do Bahia se recorda, muito bem, da célebre declaração de Ferran Soriano, CEO do City Football Group, que no dia da assembleia de votação para aprovação da SAF, afirmou: “Precisamos fazer com que o Bahia seja odiado […]. Isso vai acontecer quando o time estiver competitivo, aí não terão simpatia pelo Bahia”.

Imagino que ao ouvi tal declaração, o torcedor do Bahia acreditou, mas, como o próprio CFG pedia que a torcida tivesse paciência com a evolução do time e, consequentemente, com a consecução dos resultados, inclusive, com o primeiro ano do projeto sendo considerado como ano zero, que foi 2023, não se esperava que em 2024 o Bahia já estivesse com tanta pujança, não só dentro de campo como vem acontecendo no Brasileirão, mas, também, nesse nervoso, agitado e inflacionado mercado da bola que a cada dia que passa, só faz grandes negócios, os clubes que têm bala na agulha.

Li, na íntegra, toda entrevista concedida pelo bruxo americano que comanda a SAF do Botafogo, um cidadão que, desde o ano passado quando o Botafogo foi o “cavalo paraguaio” do futebol brasileiro que disparou na liderança do Brasileirão por muitas rodadas, mas, na reta final, deixou o título cair no colo do Palmeiras, que o Textor começou a fazer um monte de graves denúncias contra as arbitragens, mas, até agora, não provou nada e essa semana, ao ver o Bahia adquirir um jogador por mais de 65 milhões de reais, que era disputado pelo próprio Botafogo e outros clubes, não conteve o ódio, o desespero e o destempero e resolveu atacar o Grupo City.

A grande verdade é que, “Macaco não olha pra o rabo”, porque o mesmo Textor que está pedindo ou exigindo teto salarial no futebol brasileiro ou, no popular, o velho Fair Play Financeiro, é o mesmo que na presente temporada, já investiu mais de 260 milhões de reais na aquisição de jogadores, sendo que às duas principais contratações recaem nos meias-atacantes Luiz Henrique adquirido no início da temporada  por  mais de 100 milhões de reais e no Thiago Almada, comprado recentemente pela “bagatela” de 140 milhões de reais, gastando ou investindo quase 250 milhões de reais em dois atletas! E por que o Esporte Clube Bahia não pode adquirir o Luciano Rodríguez por 65 milhões de reais, qual o entrave?

Realmente, não dá pra entender o ódio que esses coveiros e hipócritas dirigentes dos grandes e/ou ex-grandes clubes do futebol brasileiro que vegetam no eixo Rio-São Paulo, têm para com os grandes clubes da Região Nordeste – Bahia, Fortaleza e outros menos votados -, clubes que já são afetados na disputa do Brasileirão pela complicada logística de viagens aéreas e agora quer impedir ou bloquear o poder econômico de um Clube que há poucos anos, só servia de chacota para esses pulhas, por ser um mero coadjuvante do Brasileirão.

Para finalizar, quero “agradecer”, penhoradamente, ao John Textor por ter levantado a ideia ou até, vaticinado que o “Bahia vai ganhar o Campeonato Brasileiro em 17 de cada 20 anos” – não precisa tanto, um título a cada 4 anos, já me deixaria feliz – e além de recomendar usar óleo de pérola para dar brilho em sua cara de pau, tenha bastante cuidado com o coração porque, tenho absoluta certeza que esse incômodo ou ódio que o Bahia começou a causar aos ex-soberanos do futebol brasileiro, é só o início. É só aguardar cenas das próximas e vultosas contratações.
BBMP!

Autor(a)

José Antônio Reis

Torcedor Raiz do Bahêa, aposentado, que sempre procura deixar de lado o clubismo e o coração, para analisar os fatos de acordo com a razão. BBMP!

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