Muito mais que um empate. Uma nova esperança! por Erick Cerqueira

Fala, Nação Tricolor! Ainda estão comemorando a Co-liderança do Brasileirão? Deveriam. O nosso Bahia está, agora, no lugar certo e no caminho certo. E a felicidade é muito mais justificada do que quando entramos, como biônicos, pra fase final da Copa União de 1988. Tecnicamente falando: a pegada agora é outra.

Os resultados desse ano são muito consistentes, convincentes e históricos. Vencemos o Botafogo impondo a eles a única derrota em 12 jogos. O mesmo valeu para o Redbull Bragantino que perdeu 1 em 13.  Vencemos o Grêmio, de Renato Gaucho, atual Vice Campeão da competição.  Batemos o Campeão da Libertadores, de virada. Avançamos para as Quartas de Final da Copa do Brasil jogando fora. Mas o tropeço gigantesco na semifinal da Copa do Nordeste  foi um balde de água fria nos exaltados ânimos da Torcida. 

Mas o bom do futebol é que na semana seguinte, tudo pode mudar. O Bahia tinha pela frente o Atlético MG, o famoso clube que joga o melhor futebol do Brasil no momento (de acordo com a imprensa do sudestina) e no terreiro deles. Uma prova de fogo para as pretensões do time de “Cenner”. E o time deu a resposta. 

Em campo, dois estilos de jogos em confronto e dois técnicos afiados. Parecia um jogo de xadrez, onde um tentava acertar o movimento do outro a todo instante, e os dois técnicos mudando seus times. O Galo jogava pra anular o ponto forte do Bahia, seu meio de campo. O Bahia se preocupou mais em fechar os espaços dos atacantes dos caras. E os dois times foram muito bem no primeiro tempo. O Bahia criou só uma grande chance, com Thaciano e os donos da casa acertaram somente duas finalizações no gol.

No segundo tempo o jogo mudou. E ficou bonito de se assistir. Ceni tira Thaciano que estava muito mal na partida, e coloca mais velocidade com Ademir. O contra-ataque começava a se formar. Os caras acharam duas faltas na entrada da área, e aí, a chance de Hulk acertar pelo menos uma, era certa. 1×0.

Ceni muda novamente e coloca Oscar e De Pena. Estava armado o tripé do empate. De Pena faz mais um dos seus belos lançamentos, Oscar domina e toca pra Ademir fazer um golaço na arena do seu ex-clube. 1×1.

O Bahia soube se adequar ao jogo, soube resistir a pressão nos seus homens de criação e mudar na hora certa e da forma correta. Mostrando a maturidade do time, do técnico, dos jogadores que vieram do banco e do compromisso com o campeonato mais do que com o jogo. É animador, sim.

O empate tirava o Bahia da 6ª colocação e o recolocava na co-liderança do Campeonato.

O resultado devolve a confiança ao time para uma sequência que promete ser bem mais tranquila que o Corredor Polonês que passamos. Até porque os times de maior investimento que enfrentaremos agora, nessas próximas 11 partidas, virão desfalcados dos seus grandes craques.

A Copa América tirou do Bahia seu maior destaque no Brasileirão, o Santi Árias, mas a perda dos outros clubes será bem maior. E isso PODE ser uma grande vantagem para o Tricolor de Aço nessa parte da tabela. Serão 33 pontos disputados, fechando o primeiro turno e na volta já teremos a nova janela de transferência. E em toda coletiva a pergunta sempre se apresenta ao técnico do Bahia: onde o Bahia pode chegar? E isso é fácil de responder: no próximo jogo. 

Nada de projeções, planos, tabelas divididas por sequência de jogos… O Bahia precisa manter o foco sempre no jogo seguinte, que será contra o Fortaleza na Fonte.  

Assim, poderemos seguir o exemplo do co-irmão espanhol, que lutou contra Barça e Real até o fim, e conseguiu a vaga na Champions League. Ou quem sabe, do Leicester 15/16, né?

O Bahia é o mundo e o mundo parece estar conspirando a nosso favor. Então: VAI PRA CIMA DELE, ESQUADRÃO! E que a Força esteja com vocês!

Autor(a)

Erick Cerqueira

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva, publicitário, parcial, Torcedor do Bahia e pai de Thor! Twitter: https://twitter.com/ericksc_

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