Fala, Nação Tricolor! O Bahia brocou o RedBull Bragantino e se consolidou na co-liderança do Brasileirão? Mais um golaço, com direito a roubada de bola de Xavier, passe genial de Everton Ribeiro, assistência primorosa de Cauly e um giro lindão de Thaciano. Mas hoje queria falar mais sobre o clube do que sobre a tabela.
O Bahia vem se consolidando no Brasileirão como a gente já esperava. Como escrevi há um tempo, lutaríamos na parte de cima da tabela. Mas o Esquadrão vem fazendo uma campanha até acima das expectativas. São 4 triunfos em 6 jogos com 9 gols marcados. Só a título de comparação, em 2023, nos 19 jogos do 1º Turno, o time só conseguiu os mesmos 4 triunfos e apenas 18 gols marcados.
O Bahia, em casa, não perde desde aquele fatídico 0x1 pro São Paulo em 29/ 11/ 2023. Detalhe: naquele jogo, Cauly puxa um contra-ataque e toca pra esquerda, onde Biel entra de cara com o goleiro, perde o tempo de bola e a zaga chega, exatamente como ontem.
De lá pra cá, o time principal jogou 12 partidas em casa e venceu 11. Nesse Brasileirão, uma particularidade salta aos olhos. O Bahia parece ter achado a dupla de zaga certa. O time que tomou 5 gols nas 3 primeiras partidas, (onde perdeu uma, empatou a segunda e venceu a terceira, agora, levou apenas 1 gols nos últimos 4 jogos, onde venceu todos.
Essa co-liderança do Brasileirão, é só uma consequência do trabalho
A evolução do time passa também pela estabilidade de um time titular. Rogério Ceni vem mantendo os 11 iniciais nos últimos 4 jogos, sem alterações. Méritos dele, e da equipe de fisiologia do Bahia, que conseguiram fazer um trabalho bem feito de preparação, para esse momento. Alô, grande Preto Casagrande: O trabalho na neve deu certo!
O time segue sem ter nenhum jogador principal lesionado. E o DM F.C. está jogando apenas com Acevedo, desde o ano passado. A título de comparação, em maio do ano passado 13 jogadores já haviam passado por lá: Gabriel Xavier, Rezende, Kanu, Raul Gustavo, Daniel, Marcos Vitor, Everaldo, Matheus Bahia, Yago, Thaciano, Chávez, Biel e Jacaré.
Outra mudança radical é sobre Cauly. O craque solitário do ano passado, ganhou companheiros de peso pra 2024. E o que parece ser uma queda de produção, na verdade, nem é tanto assim. O nosso Camisa 8, ano passado, em 47 jogos, marcou 10 gols e deu 9 assistências. Esse ano, em 24 partidas, brocou 5 vezes e serviu em outras 5. Ou seja, tá na média.
Surpresas boas desse ano: Everton Ribeiro, além de craque, vem se mostrando um gigante na marcação. O pulmão de Jean Lucas e a genialidade esporádica de Caio Alexandre. Um meio de campo sem um volantão, mas que marca muito e sai pro jogo com facilidade.
Outra coisa que nos alivia, é ver um time reserva tão, ou mais qualificado até, que o time titular do ano passado: Danilo, Gilberto, Cuesta, David Duarte, Cicinho. Rezende, De Pena e Biel. Ademir, Oscar, Ratão, fariam um Brasileirão 2023 com menos sustos.
Ano passado escrevi que o Ano Zero do “Bahia City” tinha cumprido sua missão, que era permanecer na Série A. O clube montou uma estrutura com alguns jogadores que permanecem no time titular de hoje, como Marcos, Kanu, Juba, Cauly, Everaldo e Thaciano. Assim, contratariam menos jogadores, só que com níveis mais altos, como Everton, Caio, Jean, Oscar e De Pena, para reforçar o elenco em 2024. Mantendo o padrão do Grupo City, que deu certo na Inglaterra e vem se destacando na Espanha.
Além de tudo isso, a renovação da estrutura das Divisões de Base, trazendo a galera do Fluminense, os planos de construção de um novo CT e até de um estádio novo, são indícios de ventos melhores que já começam a soprar pelas bandas de cá.
Então, meus amigos. Mais do que festejar a co-liderança do Campeonato Brasileiro, precisamos comemorar a transformação do nosso clube. Bons triunfos e gols bonitos, são só o começo!