Após algumas horas de ter vivido intensas emoções de mais um Bavi, quando o Bahia não apresentou um futebol eficiente, mas, jogou o suficiente para arrancar a juba do Leão de Canabrava que estava muito ouriçada por ter vencido o primeiro Bavi do ano e, de quebra, um resultado que, assim como garantiu a classificação antecipada do Bahia, ainda faltando duas rodadas para encerrar a fase de grupos, pode ter dificultado, também, a sequência do ex-rival na competição, haja vista que, na penúltima rodada, terá um jogo muito difícil diante do Fortaleza, fora de casa, que perdeu o clássico para o Ceará e terá que jogar tudo que sabe para tentar assegurar a segunda vaga do Grupo B porque a primeira colocação do grupo, já está assegurada ao Bahia.
Ainda bem que Deus vem sendo generoso com os desportistas da Bahia nessa temporada, quando já temos a certeza de que teremos, no mínimo, a realização de seis Bavis, sendo que dois já foram realizados e mais quatro já estão confirmados que são os dois jogos decisivos da final do Campeonato Baiano e mais dois jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro da Série A, além da possibilidade de outros Bavis, caso haja confrontos, tanto nas fases decisivas da Copa do Nordeste como, também, nas próximas fases da Copa do Brasil, confrontos que ficaram escassos nos últimos cinco anos por conta da ausência do ex-rival na mais relevante Divisão do futebol brasileiro que é a Série A.
A grande discórdia desse Bavi, diz respeito ao apertado placar de 2×1, haja vista que boa parcela da torcida ficou bastante insatisfeita. Primeiro, por conta da abissal e indiscutível superioridade técnica do elenco do Bahia em relação ao razoável time do ex-rival e segundo, pelo fato do adversário ter um jogador expulso em meados do segundo tempo, fator que de alguma forma, deixou o torcedor confiante no sentido de que o Bahia aproveitasse o desequilíbrio numérico do time adversário para ampliar o placar, o que não aconteceu, mas, causou frustração a muitos torcedores, situação que gerou toda essa insatisfação.
A verdade foi que esse Bavi, mesmo com o Bahia não praticando um grande futebol, a torcida fez uma linda festa nas dependências da Arena Fonte Nova, batendo o recorde de público na temporada, promoveu um lindo mosaico que foi elogiado pela mídia nacional, sendo que o mais importante de tudo, foi o Bahia ter vencido o clássico, se redimido do revés ocorrido no Barradão quando perdeu para o ex-rival em jogo válido pelo campeonato Baiano, mostrando ao adversário que é forte e robusta à nossa imposição na Arena Fonte Nova.
Todo torcedor baiano sabe e tem consciência do peso técnico ou do impacto moral ou psicológico que gera um Bavi as suas respectivas torcidas , haja vista que o vencedor do clássico se estiver em atrito com o seu torcedor, há logo uma reversão da situação que pode transformar um inferno num paraíso, assim como se o perdedor do clássico estiver em plena paz com o seu torcedor, o paraíso pode se transformar num inferno e foi o que aconteceu no relacionamento entre o torcedor do Bahia e o técnico Rogério Ceni após àquela imperdoável e bizarra derrota por 3×2 no Bavi válido pelo Campeonato Baiano.
Por razões óbvias, há muitos anos que não comemoro título de Campeonato Baiano conquistado pelo Bahia. Em contrapartida, fico revoltado e indignado quando este não ganha o título, principalmente, se for diante do ex-rival e esse Bavi válido pela 6ª Rodada da Copa do Nordeste que o Bahia faturou, foi uma prévia dos dois Bavis que teremos pela final do Campeonato Baiano e cada time que procure segurar sua onda porque, mesmo com a referida competição tendo insignificantes parâmetros técnicos em relação aos times da Série A, o campeão se não chegar com moral na competição, pelo menos, chega com uma certa tranquilidade, enquanto que o vice-campeão, chegará na largada do Brasileirão, sob intensa pressão.
Por conseguinte, o time que, também, não lograr êxito em avançar às quartas de final ou semifinais da Copa do Nordeste, além de iniciar o Brasileirão sob intensa pressão e com moral zero, corre o sério risco de iniciar a competição com um treinador recém-contratado.