Tropeçou? Levanta, mizéra! Moto Club 0x4 Bahia – por Erick Cerqueira

(Foto: Letícia Martins/EC Bahia)

Fala, Nação Tricolor! Lembrei esses dias do filme Cruzado, onde o protagonista vira pra Saladino, após se render, e pergunta: “o que Jerusalém vale?“ E Saladino responde: “NADA!”. Mas logo depois, se vira de novo pra ele, e rindo, arremata: “TUDO!”

Isso é a diferença básica entre o que pensa a Gestão de futebol do Bahia e o seu Torcedor, em relação ao último Bavi do Campeonato Baiano. Valia nada, o Bahia não saiu do lugar na tabela. Mas valia tudo, pela gozação das Torcidas dos caras que estavam há 7 anos sem vencer a gente no Barradão. 

Nos planos de Ceni e sua galera, era preciso preservar o time para enfrentar o poderoso Moto Club do Maranhão nos seus domínios, pela Copa do Brasil. Um jogo que valia 1.4 milhões e a classificação. Ou seja, o Bavi valia nada e o Moto Club valia tudo. Tá. Mas quando a gente avalia a situação dos maranhenses, aí não dá.

Os caras jogaram a última partida no dia 7 de fevereiro. Tinham tomado uma sacola de 5, no clássico MareMoto, do time do Maranhão. Havia demitido mais de 20 e contratado outros 16. Era a estreia desse novo time. Bicho, precisava mesmo poupar Thaciano, Everton, Caio Alexandre, Cauly, no clássico, só porque não valia NADA? Não dá.

Mas vamos pro jogo!

O Tricolor demorou uns 20 minutos pra entender que superfície estranha era aquela, que misturava gramado e lama, alternando com buracos e poças. Era a inauguração do estádio mas as fortes chuvas em São Luiz castigaram o Estádio Nhozinho Santos assim como o Bahia castigou os donos da casa.

Compreendido o terreno a surra começou. Depois de uma pressão total em cima do time da casa, o goleiro Dejair, cria Tricolor, parecia que ia estragar a festa. Mas logo começou o show. Lançamento de Everton Ribeiro, ajeitada de Oscar pra Cauly e pênalti. Oscar tomou a responsabilidade, bateu e fez. 1×0. 

Segundo tempo e o Papão do Norte tentou reagir. Mas só fez abrir espaços e era o que a gente precisava

Thaciano chuta, Dejair rebate, o zagueiro sai errado e joga no pé de Cauly. Logo de quem. Mas ele adianta demais e a bola sobra pra Jean Lucas na entrada da área. Aí foi só ajeitar e marcar o segundo. 2×0.

Logo depois Cauly pega a bola na entrada da área e sai levanto 3. Golaço e a goleada começa a se desenhar.

Aí vieram as famosas substituições que acabam com o time. Mas a diferença era tão grande, que os reservas mantiveram a pressão. Ademir sofre pênalti, ele mesmo cobra e Dejair defende. 

Biel entra bem na partida, serve Ratão que chuta cruzado pra fechar o caixão. 4×0. 

Até o narrador da Amazon Prime se animou e gritou o nosso famoso:

BORA BAÊA MINHA PORRA! 

Viu, Ceni? Dava pra ter colocado os reservas contra o América e contra o Moto Club e não poupado ninguém pro Bavi! A minutagem ficaria de boa, a liderança no Baiano e na Copa do Nordeste estaria consolidada e o pix da CBF bateria certo na conta, hoje, do mesmo jeito.

Que sirva de lição. 

Gostei da estreia de Oscar. Cauly é o craque do time ainda. Everton joga muito. Thaciano é indispensável. Kanu é bom mas é doido. Cuesta é barril. Árias é titular desse time disparado. Ratão, Biel entraram bem no time (lá ele). Ademir flopou no pênalti. Eve9 never more. 

Agora é se preparar para o adversário mais difícil do ano. O Adauto Moraes. E nessa partida tem de ir com TUDO, ou NADA justificará a derrota passada!

Autor(a)

Erick Cerqueira

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva, publicitário, parcial, Torcedor do Bahia e pai de Thor! Twitter: https://twitter.com/ericksc_

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