Bahia tropeça e perde a liderança no Baianão. - por Erick Cerqueira

Bahia tropeça e perde a liderança no Baianão. – por Erick Cerqueira

Assim como foi com o River, zebras sempre aconteceram no futebol.

Bahia tropeça e perde a liderança no Baianão. – por Erick Cerqueira
Foto: Letícia Martins e Tiago Caldas /EC Bahia

Fala, Nação Tricolor! Como não fui pro jogo, acabei indo passar o fim de semana em Jauá, com a família, a convite de minha irmã. E antes de começar o jogo, meu pai propôs um bolão diferente. Ao invés do resultado, a ideia era acertar a escalação do Bahia. Eram 6 homens que montaram, cada um, dois times. Resultado: ninguém acertou.
Ceni errou MUITO. Na escalação, nas alterações e pra finalizar, errou também na coletiva. Porém, ele erra com uma convicção que assusta e com a desculpa certa.

 

O BAVI é o maior clássico do Nordeste. Mas como o time de Canabrava não vencia o Bahia há 7 anos, e não passa da primeira fase do Baiano desde o governo Temer, isso foi esfriando. Ao ponto de começar a me referir ao rubronegro baiano como ex-rival, no dia a dia e nos meus textos. Mas isso é algo que eu, Torcedor do Bahia, posso me dar ao luxo de falar.

Já o Clube não pode encarar as coisas dessa forma. E aí entra a frase chave de Rogério na desculpa: “eu tenho outras competições, e preciso preservar jogadores”. Ou seja, o Bahia encarou o BAVI como só mais um jogo da programação, menos importante, inclusive, que o jogo contra o MotoClube pela Copa do Brasil.

Enquanto isso, do outro lado, estava um time que poupou todos os jogadores na última partida, perdeu pro Juazeirense, mas estava ali pra disputar a Partida do Ano. Porque, não se iludam, o time deles pode até ser rebaixado de novo, mas eles falarão que venceram o Bahia City. Assim como o River. Ou seja, eram dois times querendo vencer, mas um queria (e precisava) mais que o outro.

E aí veio a escalação. Com o goleiro reserva, com Everaldo, sem Árias, sem Cuesta, sem Xavier e com Juba marcando o cara que o próprio Ceni rasgou elogios desde o último jogo. Resultado, saída errada de Gilberto, lançamento pro centroavante dos caras, a dupla de zaga se bate cabeça ao marcar o centroavante e a bola sobra livre, pra aquele cara que o Ceni elogiou, fazer o gol sem a marcação de Juba. 1×0 pra o time da Fatal Model. Cauly reage, abre pra Everaldo que faz o papel dos meias, que cruza Thaciano empatar. 1×1. Logo depois, bela jogada de Thaciano e Juba se redime, com cruzamento perfeito pra Everton Ribeiro fazer o da virada. 1×2.

A partir dali começa o show de horrores. O time errando passes bobos, entregando a bola mesmo sem ser pressionado, saídas de bola da zaga assustadoras e o fim do primeiro tempo. O Bahia entrou em campo sem força, sem vontade, mas como a superioridade técnica era muito grande, havia virado o placar.

No segundo tempo, jogando em casa, era óbvio que os caras viriam pra tentar empate. E aí veio o lance capital. Thaciano toma uma pancada, sai do campo e quando tentar voltar Ceni já estava colocando Rezende no campo. Foi um erro tão grotesco que lembrou Arturzinho tirando Danilo Rios do Bahia, quando o cara tinha feito 2 gols. Nitidamente puto, Thaciano abre os braços questionando o técnico, mas o erro já estava feito.

Depois, Ceni tira Caio e Everton e coloca um Yago e Ademir. Ali a gente perdeu o meio de campo. Já tava xingando Rogério de coisas impronunciáveis, quando Rezende que voltou de lesão na quarta, entra num jogo elétrico e, nitidamente, sem tempo de bola, comete 2 faltas e é expulso. Lascou-se.

Bem, o jogo estava parado, nós perdemos o cara que entrou pra ser o terceiro zagueiro e falei: tira logo Everaldo, que não fez nada além da assistência, e coloca outro zagueiro. Mas não, nosso treinador esperou o cara driblar Gilberto e cruzar pra área, pra o nome do time deles, pegar sozinho e empatar. 2×2

Pra piorar, Ceni tira o atacante rápido e descansado do time, que ele acabara de colocar, coloca o zagueiro e mantém Everaldo, morto, até o fim. Aí comecei a arrumar as malas no carro e nem vi a virada…
Bora Baêa Minha Porra!

Assim como foi com o River, zebras sempre aconteceram no futebol. Mas esse foi só o primeiro BAVI. E como todos sabemos, o primeiro grão, é para os pintos…

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Autor(a)

Erick Cerqueira

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva e Publicitário. Twitter: @ericksc_



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