E.C Bahia: "59 é Nosso, 88 Também"(!?) Vamos conquistar mais uns títulos?

E.C Bahia: “59 é Nosso, 88 Também”(!?) Vamos conquistar mais uns títulos?

"Durante anos a fio, o que temos visto é um gigante adormecido"

E.C Bahia: “59 é Nosso, 88 Também”(!?) Vamos conquistar mais uns títulos?

Alguém pode imaginar que quando coloquei, entre aspas, as duas maiores e mais relevantes conquistas do nosso querido Esporte Clube Bahia em toda sua brilhante trajetória, tenha sido no sentido de subestimar e/ou menosprezar os dois grandes feitos esportivos e históricos protagonizados pelo nosso Esquadrão de Aço ao conquistar a então Taça Brasil de 1959 em cima do Santos do saudoso Rei Pelé como, também, a Copa União de 1988 diante do Internacional em pleno estádio do Beira Rio.

Quem interpretou dessa forma, se equivocou. O saudoso músico e grande poeta Cazuza, quando ainda no auge de sua carreira, compôs uma canção intitulada “O Tempo Não Pára”, cuja composição, além do conteúdo de algumas estrofes traduzir muitas situações difíceis que o clube sobreviveu, principalmente, na era das trevas, é um título ou um lema que o Bahia deve incorporar, o mais rápido possível, às suas metas, anseios e objetivos porque, se o tempo não parou para o Bahia, infelizmente, o Bahia parou no tempo, logo após aquela célebre conquista do Campeonato Brasileiro de 1988 porque a partir de então, o time entrou num processo letárgico e retrógrado que o tem impedido de conquistas brilhantes e relevantes. Torna-se imperioso o time sair desse abismo.

Não tenho nenhuma dúvida de que torcedores do Bahia que nasceram a partir do início desse século, jamais tiveram a felicidade e o prazer de ver um Bahia gigante. Aquele time vencedor, aplicado, guerreiro, lutador, bravo que quando a técnica não sobressaía, a raça, a força e a vontade de vencer imperavam, enfim. Durante anos a fio, o que temos visto é um gigante adormecido, sem força e sem tesão pra vencer, acomodado que ao invés de protagonizar nas mais importantes competições de cada temporada, na maioria das vezes o time tem agonizado em muitos desses campeonatos, entrando como um mero coadjuvante e, quando não é rebaixado como aconteceu em 2021, luta com unhas e dentes para se livrar do rebaixamento como aconteceu recentemente.

Embora alguns torcedores do clube sejam contra ou tenham algumas restrições à SAF e respeito à opinião de quem pensa assim, sou um torcedor que creio e confio no projeto por entender que, se muitos acham ou entendem que a SAF foi ruim ou um mal para o clube, sou um daqueles que defendo porque entendo que, se estar ruim com esse novo modelo de gestão, poderia estar pior se não houvesse essa mudança. Não tenho a menor dúvida a respeito da marca forte que sempre foi o Bahia, mas, a verdade é que se tratava de um clube bastante endividado que passou muitos anos sob o comando de gestores ruins e/ou incompetentes, mas, com uma grande torcida que sempre o apoiou nos bons e nos maus momentos, entretanto, a falta de dinheiro inviabilizava qualquer projeto de reformulação, principalmente, no futebol que os custos são altos e quero crer que a Sociedade Anônima do Futebol chegou no momento oportuno.

Muitos torcedores e boa parte da imprensa, já estão pressionando o Bahia, cobrando contratações para próxima temporada por entenderem que enquanto muitos clubes já iniciaram à maratona de contratações, o Esquadrão ainda se mantém inerte diante do mercado da bola que, por sinal, já se encontra em plena efervescência, muito inflacionado, disputado, muito “leilão” de jogadores, mas, prefiro que o Bahia não vá com muita sede ao pote como fizera em dezembro de 2022, quando resolveram desmanchar o time, começaram a contratar a torto e a direito, tentaram montar um time para realizar uma temporada digna, o time não deu liga ou encaixe e, por pouco, não amargou o rebaixamento à Série B no final da temporada.

O que esperar do Esquadrão de Aço em 2024

Para ser sincero, por razões óbvias, nem era necessário ouvir dos novos gestores do clube que o torcedor não criasse grandes expectativas para temporada passada, porque se tratava do “ano zero” do clube, entretanto, pelo alto investimento em contratações que fez, superando à faixa dos cem milhões de reais esperava-se que, além de ser campeão baiano, fizesse uma boa campanha na Copa do Brasil, como fez, mas, que competisse na Copa do Nordeste, quando foi um fracasso e fechasse a temporada com uma digna campanha no Brasileirão da Série A que só não se tornou uma tragédia por conta do time ter escapado do rebaixamento na última rodada.

Agora, com a casa já um tanto arrumada, com um treinador do ramo que entende do riscado, ex-boleiro, remanescente da temporada passada e já bem adaptado ao grupo, espero e torço que o clube não repita os erros cometidos na temporada que findou, principalmente, quando o clube jogou dinheiro pelo ralo, comprando gato por lebre, ou seja, adquirindo muitos jogadores ruins ou que não se adaptaram ao esquemas do time ou, simplesmente, não se comprometeram à suar a camisa do clube. Teremos pela frente, quatro competições à disputar e o clube não pode contratar só por contratar, tem que trazer reforços para competir em todas elas: focar no título da Copa do Nordeste, estar nas etapas finais da Copa do Brasil, no Brasileirão, tentar uma vaga na Copa Libertadores de 2025 e, independente dessas metas, não desprezar e/ou debochar do Campeonato Baiano que, embora não tenha “valor” pra quem ganha, é péssimo pra quem perde.

Para finalizar, parabenizo ao CFG por ter franqueado todas instalações do Manchester City FC para pré-temporada do Esporte Clube Bahia, desejando que nossos atletas aproveitem a oportunidade de treinar num CT de excelência, além de conviver alguns dias numa ambiência de campeões mundiais e que possam trazer bons fluidos e serem carregados de energias positivas para consumi-las em mais uma árdua temporada do futebol brasileiro e, doravante, vamos continuar respeitando e considerando o passado, conforme aborda o título desse artigo, mas, se preocupando muito com o presente e com o futuro do nosso Esquadrão, para que possamos escrever e registrar novas e importantes conquistas, tanto de cunho esportivo como de solidez econômica no cenário nacional e até, de âmbito internacional.

Parabéns ao Esporte Clube Bahia por completar 93 anos de existência e Feliz Ano Novo. BBMP!

José Antônio Reis, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

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José Antônio Reis

Torcedor Raiz do Bahêa, aposentado, que sempre procura deixar de lado o clubismo e o coração, para analisar os fatos de acordo com a razão. BBMP!



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