Paiva analisa altos e baixos do Bahia e deixa claro que briga é para se manter na Série A

"A continuidade é uma coisa que baliza o City, o trabalho diário", afirmou.

Foto: TV Bahia

O técnico Renato Paiva chegou a seis meses no comando do time do Bahia e segue convivendo com enorme pressão por conta do desempenho abaixo do esperado e dos resultados ruins. Apesar do título do Campeonato Baiano e de ter avançado às quartas de final da Copa do Brasil, o Esquadrão foi eliminado na primeira fase da Copa do Nordeste e aparece colado na zona de rebaixamento no Brasileirão. Em entrevista ao Globo Esporte Bahia, Paiva analisou a oscilação do time, defendeu o trabalho e deixou claro que a principal luta do Bahia no Brasileirão é para se manter na Primeira Divisão.

 

“Um pouco de altos e baixos. Um início atribulado, com uma pré-temporada em que não tivemos grande parte dos jogadores que nós queríamos ter. Não trabalhamos nossa ideia com 80% ou 75% dos jogadores que hoje estão. Tivemos que colocar essa ideia em prática com as competições. Pagamos uma fatura alta na Copa do Nordeste, porque a concorrência era, de fato, mais difícil. Mas eu também assumi desde o início que teríamos que ser, na teoria, favoritos ao estadual. Essa era a competição onde de fato tínhamos que fazer prevalecer uma história. Em dois anos, o clube não tinha ganhado a competição. Conseguimos ganhar. Portanto, é um dos pontos altos. Outro ponto alto deste período para mim é, naquilo que eu de fato passei a fazer em função de muitos jogadores que estavam com rendimentos mais baixos, e que hoje, grande parte, estão com rendimento muito alto”.

“Claro que não conseguimos fazer com todos, há alguns que ainda não conseguimos esse trabalho. Mas isso vem com o tempo. E também existem os que não conseguiremos, ou por nós ou por eles. A forma como a equipe tem jogado no Brasileirão. Lembro de muitos comentários que diziam que nós nem sequer iríamos conseguir competir. Mas também é verdade que, se eu divido o Brasileirão em dois, qualitativo e quantitativo, o quantitativo é aquilo que interessa, porque são os pontos. Para mim, na minha ótica, acho que para aquilo que jogamos e fizemos, poderíamos ter tido mais pontos”.

“Não tenho dúvidas de que o Bahia vai crescer muito, mas também não tenho dúvidas de que é um ano para mantermos. Para lutar pela manutenção. Não consigo ser irrealista a esse ponto. A continuidade é uma coisa que baliza o City, o trabalho diário. Mas o torcedor não analisa isso, é passional. É um trabalho de médio a longo prazo, porque é tudo novo. Vou dizer isso centenas de vezes: se eu viesse ao Brasil treinar o Palmeiras, eu não ia pedir o mesmo tempo, porque o elenco está feito. Eles já têm suas ideias”.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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