Fala, Nação Tricolor! Já desincharam a cabeça com o empate vergonhoso contra o ex-rival? Xingaram muito Bellintani por ter feito a SAF? Pediram a cabeça de Renato Paiva nas redes? Ficaram rouco de gritar: TOCA A PORRA DA BOLA, MUGNI? Então agora vamos conversar de cabeça menos quente.
A tragédia que foi o empate no BAvi de 5/ 3/ 2023 foi o segundo grande golpe na gestão do Grupo City diante do Bahia. A primeira foi a humilhante goleada contra o outro rubronegro da segunda divisão. Na minha opinião, esse empate, foi bem pior.
Primeiro porque, goleadas são momentos pontuais. E não coloquei os 0x3 do Fortaleza porque o time dos caras é muito superior ao Bahia, nesse momento. Era um time recém subido da série b, em formação, contra outro com uma base de 3 anos junto com o mesmo treinador. A derrota ali, era uma possibilidade. Contra os pernambucanos, não. Foi um golpe duro, mas como falei, pontual. Coisa que só havia acontecido no primeiro Campeonato Brasileiro de futebol, quando fomos campeões em 1959 (será um sinal? 🙂 ).
Mas essa eliminação da Copa do Nordeste foi pesada. A primeira grande eliminação do Grupo City. Era a chance de se manter na briga, de diminuir o saldo negativo de gols, contra um time que não consegue passar da 1ª fase do Campeonato Baiano, pelo 5º ano consecutivo; que foi desclassificado da Copa do Brasil diante de um time de bairro do Rio de Janeiro; em crise administrativa há anos… e tomamos um gol besta, logo de início, como tem virado padrão.
Não tem desculpas. Um lançamento e o atacante dos caras, com 35 anos, sai da mesma linha que o André, de 19, e abriu uns 6 metros de vantagem até chutar pro gol. 0x1.
Aí o Bahia acordou. Bicho, que desgraça esses caras fazem em campo antes de acordar? Por que todo jogo tem essa conversa, de entramos desatentos, desconcentrados, dormindo? Proponho ao Renato Paiva, ao invés de aquecimento, fazer um rachão em meio campo. Pra ver se eles dormem, ficam desatentos e se desconcentram ali, pra entrar em campo meia hora depois, já pilhados e em clima de jogo.
Atrás do placar, o time foi acordar lá pelos 20 minutos. Fez uma blitzkrieg de 30 minutos e empatou no final com jogada de Cauly, braga do zagueiro bragueiro deles, e gol do ídolo marginal e contestado, Jacaré.
O segundo tempo foi tão fraco que o lance mais emocionante foi o bandeirinha ver o jogador dos caras chutar o rosto de Jacaré, no chão, colado ao lance, e não recomendar a expulsão do marginal. O juiz amarelou e deu só amarelo pra agressão. Nem vou comentar o resto porque não vale a pena.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
Fim de jogo, e o Bahia ressuscita mais um defunto (pra temporada) com um empate goguento, a Torcida fica pirada e o lado de lá, Tri Eliminado em 8 dias, está em festa.
Não adiantou os 65,5% de posse de bola, ter finalizado 13 vezes, acertado 31 cruzamentos, dado 405 passes certos contra 109. Sofremos quase o dobro de faltas, desarmamos menos e deu-se o empate. Ou seja, a vontade dos carax equilibrou o jogo, diante da nossa técnica, muito superior. Faltou garra.
Mas o melhor do jogo foi a coletiva do gajo.
Ele assumiu que o time está mal e precisa de reforços. Disse que não manda no estilo de jogo que deve ser implantado, coisa do City Group, apenas está ali para implantar. Deixou claro que, de direito, o City ainda vai chegar, após o contrato assinado, agora em março. E que a partir daí é que seremos apresentados ao projeto City, de fato. Que chegarão mais 3 ou 5 reforços, mas o nível esperado são jogadores de Série A. Citou Cauly e Yago como exemplos, claramente dizendo que o elenco atual foi montado pra Copa do Nordeste e Baianão. Ou seja, não esperem De Bruyne, mas novos Cicinhos, também não.
Agora é focar na Copa do Brasil, na quarta. Nas finais do Baiano e nos 2 amistosos de luxo do Nordestão, contra Ful/PI e CRB. Além, é claro, de torcer para que as novas contratações pro Brasileirão, dêem certo. Inté e Bora Baêa City Minha Porra!