03/12/2022: O Dia “D” para o pontapé inicial da versão SAF do Bahia

Que seja muito bem-vindo e bem sucedido o City Footboal Group!!!

Foto: Arte/Futebol Bahiano

Em pleno recesso do futebol brasileiro, com exceção da Copa do mundo que vem sendo realizada a todo vapor no Catar e com a Seleção do Tite já classificada às oitavas de final da competição, no próximo sábado, todos os caminhos conduzem à Arena Fonte Nova, milhares de sócios-torcedores do Esporte Clube Bahia que representarão milhões de torcedores moderados, agitados, apaixonados, xiitas, fanáticos, enfim, todos os matizes e todas as correntes da grande Nação Tricolor.

 

Essa legião de sócios se fará presente à AGE deste sábado com duas incumbências: durante a manhã, dirá sim ou não à adequação do estatuto do Bahia à Lei Federal nº 14.193/21 que permite ao Clube constituir uma Sociedade Anônima do Futebol-SAF, enquanto que à tarde, votará a favor ou contra á transformação do clube em SAF, negociação que vai selar o destino do clube, entretanto, a maioria esmagadora da torcida sinaliza que os sócios deem o “De Acordo”, para que possamos comemorar esse grande tento fora de campo.

Em qualquer segmento econômico existe tanto à parceria, termo que considero como a reciprocidade de boas ações entre as partes envolvidas como, também, a parceragem, imbróglio que soa ou rima com trairagem que é quando um dos parceiros é oportunista e após o negócio firmado, quer “passar à perna” no outro parceiro, como já aconteceu com o próprio Bahia em determinada ocasião, quando ao invés do clube costurar uma parceria, alinhavou uma parceragem.

No final dos anos 90, o Esporte Clube Bahia se aliou a um grupo investidor que lhe prometera mundos e fundos num contrato de 25 anos, entretanto, quando o prazo acordado foi rompido com apenas, 1/3 da sua vigência, a Instituição Bahia estava tão endividada que devia, somente, à duas pessoas: física e jurídica, além de ter sido obrigada a oferecer garantias ao credor pela dívida contraída, cujo passivo, chegou a valores inimagináveis, só sendo renegociado para sua quitação, graças ao aval do grupo investidor que está prestes a assumir o clube.

Evidentemente que naquela época, existia a modalidade do clube-empresa, facultada pela Lei Federal 9.615, mais conhecida como a famigerada “Lei Pelé”, quando à maioria dos clubes que a aderiram a esse modelo, não obtivera êxito, como foi o caso do próprio Bahia que, reitero, contraiu enormes dívidas que refletiram negativamente no futebol do clube, causando sucessivos rebaixamentos do time que chegou a passar dois anos seguidos submergido no esgoto da Série C, só não selando sua extinção graças a sua grandeza e sua enorme e apaixonada torcida.

A respeito desse novo e avançado modelo de gestão futebolística que é a Sociedade Anônima do futebol-SAF criada através da Lei Federal nº 14.193/21, dispositivo legal que já fez com que no decorrer desse ano, três grandes clubes do futebol brasileiros, Vasco da Gama, Cruzeiro e Botafogo migrassem para essa nova dimensão em gestão esportiva, pode acontecer, também, com o Bahia a partir desse 03/12/22, quando à negociação que já vem se desenvolvendo há mais de um ano e que já recebeu parecer favorável dos Conselhos Diretor e Deliberativo do Clube, passará pelo crivo do seu sócio-torcedor para que seja referendada ou, não.

Quanto a essa SAF que será apreciada pelos sócios, pelo que tenho visto e ouvido será aprovada por uma grande maioria do quadro associativo. É claro e evidente que não será por unanimidade, como já foi aprovada, recentemente, pelo Conselho Deliberativo do clube, até porque, segundo o saudoso escritor e jornalista Nelson Rodrigues em uma das suas célebres frases, ele afirmou que “Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”. Isso faz com que, a partir dessa assertiva do Nelson, possa advir algumas discordâncias e a que já tenho conhecimento, é muito grave, mas, compreensível, por ter partido de um velho conhecido fanático torcedor e “influente” conselheiro do clube que através de uma live do Canal do Puco, afirmou textualmente: “Sou contra à SAF do Bahia porque venderam o clube pela bagatela de 1 bilhão de reais, quando o valor correto seria 50 bilhões de reais”!!! Palavras do dito cujo!

Por conseguinte, independentemente de valores ou valias e mesmo na condição de leigo no assunto, por desconhecer todas as Cláusulas, Artigos e Parágrafos que regem o contrato, tenho acompanhado várias avaliações de pessoas especialistas no assunto que dizem que o Bahia, além de ter firmado o negócio com o maior e mais importante conglomerado de futebol do mundo, conseguiu fazer a melhor SAF, dentre as que já foram feitas por grandes clubes do futebol brasileiro.

Particularmente, entendo que por mais que o City Footboal Group tenha Know-How em matéria de futebol, além de ser um robusto conglomerado tanto em termos econômicos, como em excelência técnica e consolidado em todos os continentes, imagino que o torcedor terá que dar um tempo para que as coisas comecem a acontecer a partir dessa nova versão do clube, por saber que o adquirente não é nenhum Rei Midas que em tudo que ele tocava se transformava em ouro e, no caso do Bahia, ainda é um projeto ou investimento que demandará tempo para ser consolidado, mas, creio que já a partir de dois ou três anos subsequentes, já poderemos começar a colher os primeiros frutos e, gradativamente, o Clube começará a ocupar, literalmente, espaços no universo do futebol.

Que seja muito bem-vindo e bem sucedido o City Footboal Group com a mais nova aquisição que já passa à integrar seu forte conglomerado de clubes, mas, que o investidor ofereça uma boa contrapartida a essa imensa e apaixonada Nação Tricolor composta por milhões de torcedores, cujo grau volitivo, será expressado por milhares de sócios-torcedores na AGE agendada para esse sábado, para que possamos reeditar novos e triunfantes capítulos dessa rica e fantástica história do nosso querido Esporte Clube Bahia. Vamos referendar essa SAF.

BBMP – Rumo à SAF!

José Antônio Reis, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

Autor(a)

José Antônio Reis

Torcedor do Esporte Clube Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

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