Fala Nação Tricolor. Mais um jogo em casa. Mais uma decepção daquelas de deixar a Santa Dulce dos Pobres virada no istopô. Se bem que ela torcia pro Ypiranga, então estaria de boas. Mas que Bahia fulerage foi esse?
Cheguei em cima da hora na Fonte. Subi a ladeira pensando: “véi, nem lembro a última vez que o Bahia venceu em casa”. Mas Torcedor que é Torcedor, tem de ir pro jogo (ainda mais Sócio-Esquadrão que já pagou a parada). Na chegada encotrei um , um barbado, que vi criança. Era o grande Davi, filho de Já Morreu. Chego no estádio, e logo na chegada encontrei a velha guarda dos Barris, Meus amigos DiBola, Jr Brau, Gola Pólo, Radar, e só aí percebi que o único que tinha nome ali, era eu. Com tantos reencontros shows de bola, era a hora de reencontrar o triunfo .
Festa belíssima da Torcida, como sempre, e o Bahia entra em campo com gosto de gás. Com a marcação bem alta, o time pressionava a saída de bola do CRB que até os 26 minutos não sabia o que era passar do meio de campo. Patrick, numa noite inspiradíssima, rouba bola do zagueiro e deixa Raí de cara pro goleiro. demora pra chutar. Toca pra Davó que tenta de letra, mas a zaga tira. Na volta, Mugni acerta o zagueiro corta.
Depois o lance do jogo. Daniel rouba no meio de campo e puxa o contra-ataque. Mateus Bahia, outro que jogou muito, faz um cruzamento pra área e Davó fura. Mugni chega batendo e acerta o zagueiro, mas a bola sobra e Gabriel acerta o outro zagueiro, e na volta sobra pra Raí que chuta nas mãos do goleiro. Um bombardeio mas a bola não entra.
Mateus Bahia, outro cruzamento, e Raí cabeceia errado.
Aí aconteceu o inesperado. Um pênalti pro Bahia. E possivelmente, mal marcado. Mas se o VAR viu e chamou o juiz, a favor do Bahia, não tenho coragem de dizer que não foi.
Mugni assume a responsabilidade. Pega a bola, ajeita com carinho e bate muito bem. 1×0, festa dos mais de 23 mil fanáticos Torcedores que saíram numa terça-feira à noite pra assistir seu time. Festa do aniversariante Alan Muricy, que também encontrei na Fonte com Márcio Melo. Galera dos Ex-baba Boleiros de Aço.
Logo em seguida Davó perdeu um gol debaixo da trave. Ficou com tanta vergonha que fingiu que se machucou. Lamentável.
E aí acabou o primeiro tempo. Muitos aplausos, festa, filas intermináveis pra cerveja, xixi, pipoca e BBMP,
Na volta do intervalo o Bahia deixou o futebol no vestiário. Ou, no mínimo, o fôlego. O time que foi impecável na primeira etapa, agredindo muito, marcando com linhas altas, recompondo rápido na defesa, com as linhas bem compactas… virou um time que esperava os visitantes para tentar um contra-ataque. E o pior, eles apareceram aos montes, mas o time ia desperdiçando um a um.
Os caras mudaram 4 jogadores e o Bahia parecia esperar tomar o gol pra começar a se adequar ao jogo. E por pouco ele não saiu. Na primeira bobeira da zaga Tricolor, Emerson acertou o travessão. Aí, o nosso Enderson, resolveu mudar no time. Falcão entrou e teve uma chance clara de gol, mas chutou no zagueiro. Rodallega, que acabara de entrar, toca de cabeça pra André, que cruza na cabeça do estreando Igor Torres. Mas ele manda pra fora. E aí veio o lance que deu números finais a partida.
O 10 dos caras bate uma falta, Danilo tira de soco na cabeça do cara do CRB, que estava fora depois da meia-lua, e encobre todo mundo. 1×1.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
A gente não precisa sofrer com essa dicotomia: jogar mal e ganhar x jogar bem e não vencer. Já é o 4º jogo na Fonte Nova sem triunfos. É um número assustador. Mas a tabela de classificação ainda salva o time, porque Vasco, Grêmio e Sport, também empataram.
Na saída encontre as Doutoras Rafaela Fernandes e Paula Carvalhal. E como não sou menino, peguei carona com minha prima. Valeu, Rafinha!
Por Erick Cerqueira