É nítido o favorecimento aos clubes tidos pela CBF como de “primeira grandeza”

Há, infelizmente, uma clara "forçação de barra" para que o Vasco deixe a Série B

Foto: Daniel Ramalho

Existe um favorecimento muito claro aos clubes tidos pela CBF como de “primeira grandeza” do futebol brasileiro.
Até 2020, os jogos da Série B do Brasileiro eram executados às terças, sextas e sábados. Depois que começaram a cair para a divisão em questão equipes do Sul/Sudeste, um novo entendimento começou a se configurar para que equipes como Cruzeiro, Vasco, Botafogo, Coritiba, e outros que viessem a ter o infortúnio de descer a segunda divisão do campeonato tivessem condições melhores de jogos que lhes facilitem o desempenho da prática do futebol.

 

Partindo desta premissa, a CBF começou a marcar jogos das Séries A e B para todos os dias da semana e privilegiando algumas equipes da Série B com seus jogos aos domingo à tarde, onde o número de público é bem maior proporcionando as condições “necessárias” para que o sucesso tenha uma possibilidade bem maior.
Este ano a coisa escancarou de vez. Tendo a Série B de 2022, a participação de SEIS campeões brasileiros, resolveu acatar solicitações de mudança de praças esportivas sem nenhum critério, desobedecendo o regulamento do campeonato, e até então favorecendo favorecendo apenas uma equipe.

É claro que em virtude dos apelos midiáticos ao longo de décadas, os locais mais longínquos deste Brasil conheceu Vasco, Flamengo, Botafogo e Fluminense muito mais que qualquer outra equipe de futebol. O Palmeiras, por exemplo, o maior campeão de todos os tempos no Brasil, vem tendo o conhecimento e reconhecimento nestas duas últimas décadas no interior do Brasil, pois antes disso a poderosa Rede Globo de televisão somente difundia as marcas do futebol carioca pelo Brasil a dentro em sua vasta rede de afiliadas, tendo o monopólio, eles criarem torcedores cariocas em todo o país.

É lógico que uma transferência de jogo do interior de São Paulo para a Arena Amazônia, em Manaus, na hipótese só irá favorecer ao Vasco, visto que por tudo o que citei anteriormente, dos 40.000 ingressos vendidos naquela praça, o Guarani não teve 400 torcedores na arquibancada.

Agora ventila-se a possibilidade de mais uma mudança de praça esportiva nitidamente favorecendo mais uma vez o Vasco da Gama. É nítido que o privilégio do time cruzmaltino é gritante, uma vez que o estado do Espírito Santo não tendo representantes nos principais campeonatos da CBF, os seus torcedores tendem a encorpar as torcidas cariocas, e mais claro fica que qualquer jogo entre Vasco, ou qualquer outro clube carioca contra qualquer equipe não carioca em suas praças esportivas, a predominância de torcida será favorável aos cariocas, quanto mais se essas equipes adversárias não tiveram tanto apelo nacionalmente.

Há, infelizmente, uma clara “forçação de barra” para que o Vasco não continue por mais um ano na segunda divisão, e mais a frente do campeonato esta prática poderá e deverá ser aplicada para reconduzir a Série A as equipes que a CBF e os poderosos financeiros escolherem. Precisamos nos movimentar, conscientizar a todos e tentar a qualquer custo impedir esta armação que estão implementando, e se necessário chegando em última instância a Justiça Comum.

Juscelino Santiago dos Santos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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