E.C Bahia: Sr. Presidente, confiança não se impõe, se conquista!

"O Bahia para sair dessa situação mais uma vez irá precisar do seu mais importante reforço, sua torcida"

Foto: Divulgação/Felipe Oliveira/EC Bahia

O objetivo primordial de um bom administrador é criar soluções, jamais problemas. Essa regra é ainda muito mais importante para Dirigentes de Clubes de Futebol, porque envolve paixão, mexe com sentimentos de amor e ódio. Querer cercear o torcedor de se manifestar pacificamente tentando intimidar com processos, é resultado de total falta de capacidade para lidar com pressão, e principalmente gerir time de massa. Sou totalmente contrário à violência, mas tanto a torcida organizada, quanto o ex-jogador do Bahia não fizeram nada demais a não ser exigir competência e cobrar resultado, isso pode ter um desfecho totalmente indesejado, porque não está sendo bem gerido, de como lidar com a situação.

 

Todo dirigente só gosta de saborear o bônus do cargo quanto o ônus do cargo nada mais é que fruto da sua incompetência, do seu egoísmo, da sua falta de humildade em reconhecer que não tem a capacidade ou está tendo dificuldade para reverter a situação, isso demonstra que o único objetivo de ser dirigente é saborear toda fama e sua torcida só é importante para encher estádios, pagar mensalidade e comprar produtos do clube.

O Presidente do Bahia falou em uma entrevista que jogadores que disputam a Série B têm um perfil totalmente diferente dos que disputam a Série A, isso é uma falácia de quem nada entende de futebol, esta mentalidade medíocre de dirigentes que estão apequenando o Bahia. Outra besteira é Dirigente e Gestores dizerem que divisão de base é só para revelar jogadores. Divisão de base é para revelar jogadores e ganhar títulos, com esse discurso estão sendo criada uma geração de perdedores.

Na segunda divisão teremos quase a mesma a estrutura de campos de futebol dos times que participam da primeira, temos também o VAR, na verdade o que o time precisa é contratar jogadores qualificados que tenham comprometimento, vontade e amor à camisa que veste independente de divisão. Todo torcedor que entende o mínimo de futebol sabe que a diferença técnica entre as duas divisões é grande, devido a disparidade gritante de valores recebidos entre as duas divisões, que o pior time da Série A mantendo sua base com alguns reforços tem grande possibilidade de voltar rapidamente.

O Grêmio não só manteve sua base como se reforçou seu time, hoje é melhor tecnicamente que seu principal rival, e ele não só irá voltar pra Séria A, como vai ganhar o título com algumas rodadas de antecedência. O que faz um time com tradição e qualidade fracassar na Série B são problemas extracampo com constantes atrasos salariais, ou seja, historicamente todos excelentes elencos de times da segunda que fracassaram, tinham problemas sérios de atrasos.

O Bahia começou sua derrocada depois que alguns jogadores começaram a liderar grupos para cobrar publicamente salários, sei que é obrigação do clube pagar religiosamente em dia, agora depois da pandemia a grande maioria dos clubes e empresas passaram por crise financeira, por isso a importância em saber trazer jogadores comprometidos, e todos aqueles que mesmo tendo vários jogos e temporadas que mancharam a história do clube não merecem nenhuma homenagem.

A atitude que se espera de um administrador competente, era logo após o rebaixamento, reunir com alguns principais jogadores e seus empresários e saber deles se estavam dispostos um pequeno sacrifício de redução salarial para devolver o Bahia à primeira divisão, assinar contrato antes que eles sofressem assédio do mercado.

Sabíamos que Gilberto era quase impossível continuar, mas, Nino, Conti, Ramírez e Rossi poderiam ajudar e muito, porém, esse último demonstrou que não tinha nenhum interesse, só que tem uma renovação automática. Como Rossi desde o Vasco sempre criou problemas extracampo, aí sim, o Bahia tem que ir até a última consequência jurídica para ser ressarcido do prejuízo que ele também teve uma parcela de responsabilidade.

Gostaria de lembrar ao nosso presidente que dizer que a contratação de um jogador contundido (Marcelo Cirino) que não teve um bom desempenho nos últimos times que passou, foi uma oportunidade de mercado, virou piada entre gestores que fizeram isso com o clube, com seus amigos empresários de atletas. Oportunidade de Mercado, presidente, era ter investido seis milhões na contratação de Artur, que arrebentou seu valor de mercado era infinitamente maior. Como dizia antigamente, era um cheque ao portador.

Oportunidade de Mercado era ter comprado Ramirez com um pouco mais de dois milhões de reais, que comprovadamente demonstrou grande qualidade técnica, a menos que sua cirurgia não tenha sido bem realizada, como já ocorreu com outros jogadores, Oportunidade de Mercado é comprar Raí, nosso grande destaque da Copinha por pouco mais de trezentos mil reais. Outra coisa, Oscar Ruiz e Clayson são ativos do clube, podem ser muito útil para ajudar a subir e reconquistar sua confiança em campo, se tiver apoio de sua torcida e principalmente do clube, ninguém pode depreciar esses ativos, muito menos um funcionário.

Querer de maneira equivocada bater de frente com torcedores, impor silêncio aos que criticam ou protestam contra sua administração é burrice, na verdade, presidente, precisa tentar conciliar. O Bahia para sair dessa situação mais uma vez irá precisar do seu mais importante reforço, sua torcida. O Bahia precisa de paz, precisa contratar jogadores de qualidade que disputaram primeira divisão e não serão usados pelos grandes times, como fazem Grêmio e Vasco. Bellintani precisa entender que não é através da força e intimidação que irá conseguir devolver o Bahia à primeira divisão, que ele junto com toda sua Diretoria deu um prejuízo incalculável as finanças e principalmente a imagem do clube, e, um conselho presidente, “Confiança não se impõe, se adquire”.

Jorge Machado, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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