E.C Bahia: Chega de vacilar em Pituaçu diante de times medianos

ESSE JÁ É O QUINTO ANO CONSECUTIVO QUE O BAHIA DISPUTA À SÉRIE A

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Falar aqui que o futebol tem três resultados que abrangem vitória, empate e derrota, é chover no molhado, ou seja, o óbvio ululante, mas, o quê o torcedor questiona, principalmente, numa derrota tão vergonhosa como aquela do Bahia diante do América-MG, é a forma como se perde para um time mediano que vinha em crise, sem vencer na competição, mas, encontrou aqui um adversário que viabilizou sua reabilitação nesse difícil e competitivo Campeonato Brasileiro.

 

Imagino que antes de iniciar o Brasileirão, todos os vinte clubes tem suas ambições e objetivos: os mais tradicionais entram pensando na conquista do título, mas, não sendo possível, uma classificação à Libertadores já satisfaz; já os menos tradicionais, vislumbram uma classificação à Sul-Americana, êxito que se não for alcançado, à permanência na Série A já fica de bom tamanho, enquanto que para os clubes que alternam ausência e presença na Série A, que é o caso do América e, os que são oriundos da Série B, que são às situações de Cuiabá e Juventude, só pelo fato de não serem rebaixados, se torna uma grande conquista.

Esse já é o quinto ano seguido que o Bahia vem disputando a Série A, após seu último rebaixamento em 2014, um clube que vem superando todas as dificuldades para se consolidar na elite do futebol brasileiro, uma tarefa das mais difíceis, por se tratar de um clube do Nordeste que disputa ima competição tão difícil como o Brasileirão, não se podendo deixar de se levar em consideração que cada jogo é uma decisão, não devendo dar a impressão de subestimar nenhum adversário, como o treinador fez no jogo contra o América-MG, quando escalou Lucas Fonseca, fora de forma, e no último domingo, resolveu poupar Gilberto, o homem-gol do time, que só entrou em campo já quase na metade do segundo tempo e, felizmente, começou a resolver o jogo e o time saiu de campo com os três preciosos pontos.

O Bahia tem uma boa estrutura organizacional para oferecer à sua comissão técnica: estatísticas de jogos, históricos, condições técnicas e detalhes de todos os atletas do grupo, portanto, quer queira ou não, o Bahia tem todo um staff a serviço do seu treinador para municiá-lo com as melhores informações: são fisiologistas, preparadores físicos, auxiliares técnicos, assessores, aspones, enfim, inclusive, um tal de DADE, que se encarrega de toda análise e desempenho do próprio time e dos seus adversários, mas, na prática, parece que não funciona, porque na hora do treinador escalar o time, ou está fora de sintonia com todo esse aparato ou não leva em consideração às informações que recebe.

O torcedor do Bahia já está cansado e saturado de ver, ouvir ou ler, as lamentações do treinador Dado Cavalcanti a cada final de jogo a respeito do desgaste físico e emocional do time na temporada, fator que o obriga promover um rodízio no time para preservar alguns titulares, argumentos que não são plausíveis às pretensões do time na temporada, principalmente, na rivalidade regional dentro do Brasileirão onde além da boa campanha do Bahia temos, também, Ceará e Fortaleza, infelizmente, menos para o Sport que desde o ano passado vem perdendo força e, dificilmente, escapará do rebaixamento à Série B, no final da competição.

Mesmo com as expressivas mudanças de patamar de Ceará e Fortaleza nos últimos dois ou três anos, o Bahia continua sendo o maior clube da Região Nordeste, é Tetracampeão e, para manter esse status, tem que continuar competindo, conquistando títulos importantes e não pode e nem deve ficar perdendo jogos, dentro dos seus domínios, para times medianos, na competição mais importante do país, que é o Brasileirão.

PRA CIMA DO JUVENTUDE, BAHÊA!

José Antônio Reis, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano. 

 

Autor(a)

José Antônio Reis

Torcedor Raiz do Bahêa, aposentado, que sempre procura deixar de lado o clubismo e o coração, para analisar os fatos de acordo com a razão. BBMP!

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