Em entrevista nesta segunda-feira (21) ao portal O GLOBO, o presidente Guilherme Bellintani revelou que a demissão do técnico Mano Menezes não teve relação direta com a denúncia do volante Gerson, que acusou o meia Juan Pablo Ramírez de racismo durante o jogo no domingo, no Maracanã. O jogador do Flamengo chegou próximo ao banco afirmando que foi chamado de “negro” e ouviu de Mano que se tratava de uma “malandragem”. O mandatário afirmou também que no momento da demissão de Mano, ainda não tinha ideia do acontecimento. A saída do treinador foi em comum acordo.
“O Mano me procurou. Eu não sabia ainda dos fatos. A demissão dele não teve relação direta com os fatos. Quando conversei com ele, não tinha ideia do que tinha acontecido. A decisão da demissão não foi em função disso porque eu nem tinha conhecimento. Eu encontrei com ele fora do vestiário. Ele fez o questionamento sobre continuidade do trabalho, mudança. A gente debateu de uma forma muito franca. Em comum acordo, concluímos que seria melhor interromper o trabalho.”
Bellintani disse que assistiu as imagens da discussão e ouviu palavras que não eram adequadas para o momento. “Eu avalio que o clima todo estava muito tenso. Houve palavras, pelo que eu ouvi, que de certa forma não eram adequadas para o momento. Mas longe de mim ser covarde para dizer que a demissão aconteceu por causa disso. Não foi. Se fosse, eu diria. E se tivesse tido conhecimento disso, talvez até pudesse achar que isso colaboraria. Mas não foi o caso. Não vou querer me projetar e dizer que o Bahia tomou a decisão por causa disso. Não é verdade. Mas não quer dizer que eu tenha achado normal tudo o que foi dito ali.”