O Bahia de hoje é feito de choros, lamentos e ilusão!

"Vejo com muita apreensão aos próximos tenebrosos capítulos"

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

A tormenta dos maus resultados e a incompetência dos dirigentes parece ter achado um campo fértil no Esporte Clube Bahia de hoje. O presidente Guilherme Bellintani peca e muito no quesito gestor de futebol. Começou desde ao final do ano passado quando, tendo o time apresentado uma enorme falta de qualidade do seu treinador, insistiu em mantê-lo no cargo, mesmo com todo prenúncio de um desastre que se anunciava bem provável. Estabeleceu o mandatário tricolor uma aceitação de que perder títulos e jogos eram coisas perfeitamente normal sem avaliar as causas que levavam aos sucessivos vexames. Quando o Bahia perdeu, de forma vergonhosa a Copa do Nordeste, o mandatário teria que agir imediatamente e mudar a comissão técnica, mas não o fez.

 

Inaugurou uma aceitação ampla de que tudo era possível. O Bahia virou terra de migué. Demorou em tentar mudar e quando o fez parece ter rompido com todo o seu projeto de trazer treinadores jovens e com bom potencial, trazendo um “experiente” que parece ter vindo para fazer laboratório e dar “xiliques” na beira do gramado. No jogo de ontem, ficou claro que o time virou uma casa de tolerância, com jogadores e treinador sendo expulsos de forma infantil e irresponsável. Em tempos não muito distantes, o clube chamaria os “profissionais” para uma conversa e aplicaria uma multa de, no mínimo, 30% do salário. Mas, nesse Bahia de Bellintani, nada acontecerá num claro aceno de que toda a esculhambação será permitida.

O que fará o dirigente? NADA!

Prefere colocar a culpa no juiz (aliás nisso eu concordo em parte) do que propriamente “responsabilizar” aqueles “profissionais” do clube que efetivamente deveriam se respeitarem e, acima de tudo respeitar a instituição. O técnico Mano Menezes arma o time medroso que só reage quando toma um gol, mesmo contra adversários mais fracos. Vai somando a fama de um tal time “reativo” que joga apenas por “uma bola” para tentar num lance de sorte, vencer o jogo.

Como podem jogadores que recebem vultosos salários perderem gols “feitos” ???

O Senhor Elias, cantado em prosa e verso pelo treinador, chegou a ser ridículo quando desperdiçou claras oportunidades de gols. No meu baba, da artrose, tem gente capaz (inclusive eu) de fazer pelo menos 2 dos 3 gols que ele irresponsavelmente perdeu.

Assim, de jogo em jogo, vamos caminhando de forma célere rumo ao porão do futebol brasileiro e assistindo aos times do Nordeste, com menor valor orçamentário, brigando na primeira página. Um total desrespeito com a torcida e os sócios, aliado a incompetência do presidente que a tudo assiste e nada faz de concreto, que não seja chorar e espernear contra a arbitragem.

Sobre a arbitragem da última sexta-feira, contra o Goiás, era para ter sido vetada pelo Bahia. Em não podendo ser vetada, se declarava um termo de não concordância visando deixar claro que não era uma boa indicação. Um juiz inexperiente, carioca (clube do RJ precisando de uma forcinha) que falam nunca ter apitado um jogo da Série A, foi colocado, justamente, para apitar um jogo do Bahia e o presidente tricolor disse amém.

Vejo com muita apreensão aos próximos tenebrosos capítulos que nos reservará o futuro…

Paulo Fernando, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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