Após uma boa largada no Brasileirão quando conseguiu fazer o chamado “dever de casa” ao vencer as duas partidas no estádio de Pituaçu, o Bahia teve que viajar para realizar dois jogos, na condição de visitante, jogando no estádio do Morumbi e empatando com o São Paulo e hoje enfrentando, pela quarta vez nessa temporada, o seu maior algoz dos últimos cinco anos que é o Ceará, time que durante esse período, disputou duas finais da Copa do Nordeste contra o Bahia e, em ambas, conseguiu conquistar o título, com o Bahia perdendo as quatro partidas envolvidas nas decisões, só que, o jogo desse domingo é válido pela 5ª rodada do Brasileirão da Série A, competição em que, enquanto o Esquadrão de Aço se mantém invicto e figurando no G-4, com dois triunfos, um empate e um jogo a menos ocupando o quarto lugar, o Vozão encontra-se em crise e “invicto” sem ainda vencer na competição até o momento, acumulando três derrotas e um empate, e amargando a vice-lanterna.
Pelo que conheço do futebol brasileiro no que se concerne à constante troca de treinadores, ocasionadas por maus resultados, imagino que após aquele “chocolate” de 3 x 0 que o Ceará tomou do Vasco da Gama, a demissão do treinador Guto Ferreira não ocorreu, em função dele ainda ter um restinho de crédito com a diretoria do Vozão, ainda por conta da recente conquista do título da Copa do Nordeste em cima do Bahia, entretanto, percebo que os gestores do Ceará têm pavios mais curtos do que os gestores de demais clubes da Série A.
Não é a toa que, mesmo com quatro meses de paralisação dos clubes por conta da pandemia, Guto Ferreira já é o terceiro treinador do Vozão na presente temporada e, acredito que à essa altura do campeonato, devido a péssima campanha que o time vem fazendo no Brasileirão, agravada pela goleada diante do Vasco, o treinador já esteja no “bico do urubu” para enfrentar o Bahia: se o time vencer, o treinador permanece, mas, perdendo ou empatando, não tenho a menor dúvida que o Gordiola será “contemplado” com o antigo bilhete azul, ainda nos vestiários,.
E é num jogo com uma péssima atmosfera para o Ceará, que o Bahia tem que se aproveitar, explorando o fator emocional do adversário que vem sem sem vencer na competição, além de ter sido massacrado no jogo anterior, só restando para o tricolor, jogar futebol para afundar mais ainda o Vozão na crise, vencer o jogo é faturar os preciosos seis pontos que o deixaria muito bem na “fita” porque se assim for e, acredito que será, somará quatro pontos em seis disputados, em jogos fora de casa. Aliás, para esses jogos, criei os seguintes conceitos: Excelente, Bom, Razoável, Ruim, Muito Ruim e Péssimo a respeito do aproveitamento de um time quando sai para disputar seis pontos fora dos seus domínios, como é comum no Brasileirão.
Considero Excelente quando o visitante soma 6 pontos; Bom, quando soma 4 pontos; Razoável, para 3 pontos; Ruim, para 2 pontos, Muito Ruim para 1 ponto e Péssimo para zero ponto. E se o Bahia retornar a Salvador trazendo na bagagem os quatro pontos, estará de bom tamanho, porque no jogo desse domingo, é vencer ou vencer, até porque, já são duas derrotas seguidas e temos que por um fim à essa desconfortável situação.
#BBMP pra cima do Ceará!
José Antônio Reis, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.