O Doce Mel atravessou sua estreia no Campeonato Baiano com sucesso. O time da cidade de Ipiaú conseguiu 4 pontos importantes nas últimas duas rodadas, goleando Jacobina por 4 a 0 e empatando com o Vitória em 2 x 2, somou no total 8 pontos e renovou seu alvará de funcionamento para o exercício 2021 do Campeonato promovido pela Federação Bahiana de Futebol, que aliás, era seu objetivo principal. O resultado foi o trabalho de toda comissão técnica e em especial do treinador Índio Ferreira, que aceitou o desafio de manter o Doce Mel na Série A do Baiano. Em longa entrevista ao jornal Folha do Estado de Feira de Santana, Índio falou dos desafios para garantir a equipe na elite do futebol baiano, além dos planos para o futuro, e já projeta a temporada 2021.
“Primeiro gostaria de falar que durante todo esse período que ficamos parados por causa dessa pandemia, nós sempre fizemos o monitoramento de alguns atletas através de vídeos e mensagens para que esses atletas não parassem continuassem treinando. Durante esse período perdemos quatro atletas que assinaram com outros clubes, mas mantivemos 90% do elenco, o que foi muito importante”, disse.
“Quando cheguei no Doce Mel encontrei uma equipe totalmente abalada e abatida por conta do último resultado, que foi o 7 a 3, contra o Fluminense de Feira. Ali eu só tive uma coisa a fazer foi tentar levantar o astral, a autoestima dos atletas e graças a Deus, nós conseguimos nos dois últimos jogos (antes da paralisação) um contra o Vitória da Conquista 0 a 0, e o empate também em 0 a 0, com o Bahia, que para gente foi o divisor de águas. Ali fez com que gente pudesse sonhar realmente com a nossa permanência e que a gente tinha um grupo de qualidade”, contou.
“A nossa maior preocupação nesse pouco período que tivemos para trabalhar a equipe não foi a parte física e nem tão pouco a parte tática, nossa maior preocupação foi em recuperar os atletas porque o risco de lesão, após quatro meses parado é muito grande. Então tivemos um acompanhamento com dois profissionais na área da parte física o Matheus Costa e Matheus Rocha crias do clube. Profissionais que cresceram dentro do Doce Mel e que desempenham um excelente trabalho. Então acredito que a preparação maior foi na parte mental e de recuperação que nós fizemos com os atletas e por isso alcançamos o nosso objetivo. Não posso deixar de pontuar o esforço do senhor Alípio Alves, principal investidor do clube em nos proporcionar uma estrutura de trabalho muito boa, isso tudo contribuiu para nossa permanência na elite”, pontuou.
“Os planos para o futuro eu sempre digo o amanhã pertence a Deus, eu quero encerrar minha participação domingo diante do Vitória de forma digna. Como eu disse viemos para cá com uma missão deixar o Doce Mel na elite do futebol baiano e estamos deixando. E nada melhor que deixar invicto, três jogos não sofremos gols, foram dois empates e uma vitória. E fechar com chave de ouro contra o Vitoria seria fenomenal. Eu tenho um carinho muito grande pelo Vitória, até porque defendi as cores do Vitória no ano de 2002, tenho um respeito pelo Paulo Carneiro que na época era também presidente do clube. Mas, hoje estou defendendo as cores do Doce Mel e pretendo que a gente faça um grande jogo e consiga o resultado para fecharmos com chave de ouro. Com relação a minha permanência ou não, vai depender muito da diretoria, mas eu acredito muito nas pessoas que estão do outro lado da diretoria, que a gente possa chegar a consenso. E quem sabe fechar um acordo para o próximo ano, e já começar a trabalhar desde agora, já nas pretensões, porque sempre digo que futebol se faz primeiramente fora de campo, com estrutura, organização, planejamento e que a gente possa chegar forte no campeonato do próximo ano”, finalizou.