Apesar da necessidade de fazer caixa por conta da queda de receitas em meio à pandemia do coronavírus, o Esporte Clube Bahia optou pela permanência do volante Gregore, que teve o seu nome ligado a clubes dos Estados Unidos, Arábia Saudita e do futebol brasileiro. Em entrevista ao “Ao Vivaço”, nesta sexta-feira, através do Sócio Digital, o diretor de futebol Diego Cerri revelou que a diretoria abriu mão de um valor considerável para manter o camisa 26, devido à forte identificação do atleta com o clube e para manter uma equipe vencedora, com seus principais jogadores. Desde que chegou ao clube, Gregore disputou 124 partidas com a camisa tricolor e marcou um gol. Em apenas três destes jogos, saiu do banco de reservas.
“O Gregore recebeu uma proposta muito boa. Mas ele é um dos pilares da equipe, se identifica muito com o clube, comprou a ideia de continuar o projeto, então abrimos mão de receber uma quantia considerável. Foi logo antes da pandemia. Para construir uma equipe vencedora, é preciso ter bons atletas e que eles se adaptem bem no clube. O ideal é manter esses atletas”, avaliou.
Cerri destaca a importância de manter os grandes nomes do time e lembra os efeitos econômicos da pandemia de Covid-19, que levaram o clube a negociar o atacante Gustavo recentemente com um clube da Coreia do Sul. “É uma coisa que venho discutindo faz tempo dentro do clube. Sempre fiz questão de frisar a responsabilidade, de trazer atleta barato e conseguir vender depois. Conseguimos dar alguns passos, e a gente consegue encorpar cada vez mais o time para disputar títulos importantes, fazer campanhas melhores. Isso passa pela manutenção dos principais jogadores. Não fosse essa catástrofe que foi o coronavírus e a falta de recursos no mundo inteiro, não venderíamos nenhum jogador”, concluiu.
Natural de Juiz de Fora, Gregore de Magalhães da Silva surgiu no São José e acumula passagens por Joseense, São José dos Campos FC, São Carlos e Santos. Chegou ao Bahia como uma aposta após defender o Santos no Campeonato Brasileiro de Aspirantes em 2017, emprestado pelo São Carlos-SP até o final de 2018, no entanto, despontou rápido o que fez com que a diretoria tricolor adquirisse o seu passe em definitivo em maio do ano passado, desembolsando R$ 1 milhão por 50% dos direitos econômicos. Depois, o Bahia acabou comprando mais 40% dos direitos econômicos do camisa 26 (sem revelar valores) passando a ter 90% dos direitos. Seu contrato com o Esquadrão de Aço é válido até 2021.