Na noite desta quarta-feira (5), os ex-jogadores Ronaldinho Gaúcho e o seu irmão e empresário Assis foram detidos pela polícia do Paraguai com documentos supostamente falsos em seus nomes. O promotor Federico Delfino foi a público para dar mais informações, indicando que os números dos passaportes usados pertencem a duas senhoras moradoras de Assunção. Autoridades do Ministério do Interior e do Ministério Público do Paraguai estiveram no hotel onde a dupla está hospedada. O craque, que está no país para participar de dois eventos, prestou depoimento sobre o caso na sede da Promotoria contra o Crime Organizado.
Segundo as últimas informações da rádio local Ñandutí, também foram detidas duas mulheres, identificadas como María Isabel Gayoso e Esperanza Apolonia Caballero, apontadas como donas dos documentos falsos. Na entrevista coletiva da manhã desta quinta, o promotor Federico Delfino disse que os passaportes foram retirados no mês de janeiro e entregues a Ronaldinho e Assis assim que os dois chegaram ao Paraguai.
“Foi checada a documentação, que chamou a atenção. Para ter a nacionalidade paraguaia, ser paraguaio naturalizado, tem que estar vivendo há algum tempo no país e ter um trabalho, essas coisas. Ronaldinho é uma pessoa de fama mundial… Estou igual a vocês. Já verificamos que os números de passaporte pertencem a outras pessoas. São passaportes originais, mas com dados apócrifos. Esses passaportes foram tirados em janeiro deste ano”, disse Federico Delfino, que apontou que “verá que medidas tomar” ao longo do dia.
Assis e Ronaldinho também apresentaram carteiras de identidade do Paraguai, que teriam sido emitidas em dezembro do ano passado. A versão da promotoria é que os dois saíram do Brasil usando suas identidades nacionais, mas, ao chegarem em Assunção, teriam recebido os documentos paraguaios em uma sala VIP do Aeroporto Silvio Pettirossi. Wilmondes Sousa Lira é apontado como principal suspeito da fraude. O ABC Color afirma que Wilmondes, um empresário de 45 anos, foi detido enquanto jantava com Ronaldinho e Assis no mesmo hotel em que os dois estavam hospedados. O promotor Federico Delfino disse como os brasileiros explicaram a aquisição dos documentos.
“Eles não fizeram nenhum processo para obter a nacionalidade paraguaia. Disse que foi um presente das pessoas que o trouxeram ao país. Segundo entendemos, fizeram a imigração paraguaia com este documento, mas saíram do Brasil com documentação brasileira”, completou Federico Delfino.