Vídeo: Goleiro Jean fala pela primeira vez após o caso de agressão

"Peço desulpa a todas as mulheres que se sentiram ofendidas"

Emprestado pelo São Paulo após ter seu contrato suspenso por um ano, o goleiro Jean foi apresentado na tarde desta quinta-feira no Atlético Goianiense e falou pela primeira vez sobre o caso de agressão à sua ex-esposa, Milena Bemfica, durante férias nos Estados Unidos. O episódio ocorreu em Orlando, na Florida, na madrugada do dia 18 de dezembro de 2019. O jogador acabou sendo preso, mas no dia seguinte foi solto sem pagar fiança. O atleta disse que ainda não havia se pronunciado porque estava “impossibilitado pela Justiça Americana”, pediu desculpas a todas as mulheres e se defendeu da acusação. Jean agradeceu ao clube goiano e revelou que pensou em parar de jogar.

 

“Peço desulpa a todas as mulheres que se sentiram ofendidas e a todos em geral. Tenho que agradecer ao Atlético-GO e ao presidente por abrirem as portas. Não sou esse monstro, nunca tinha tocado em ninguém, foi uma situação de momento, por fatos que vou esclarecer depois, mas que não justificam o ato. Toda história tem dois lados, mas nada justifica a agressão. Fiquei totalmente errado. Não estou dizendo que pela história ter dois lados eu estou certo em agredir. Foi uma reação que eu tive. Nunca tinha agredido ninguém. Quem me conhece há mais tempo sabe de toda a minha história e se surpreendeu com o que aconteceu. Mas tem coisas que eu só vou poder falar em breve.”

“Pensei em parar de jogar num momento em que estava sendo atacado de todos os lados. Pessoas me xingando e me julgando em tom muito agressivo, ameaçando até de morte. Pensei, sim, em parar de jogar, sofri bastante, estou sofrendo. Mas, por outro lado, em conversa com minha família e meu empresário me perguntando o que eu sabia fazer. Eu não soube responder. Jogar futebol é a única coisa que sei fazer. Se eu fosse sozinho, teria parado de jogar. Mas eu tenho minhas filhas, tenho que cuidar delas, por isso, não parei de jogar.”

“Se não fosse o Atlético-GO, meu contrato (com o São Paulo) estaria suspenso e não teria como eu trabalhar para sustentar as minhas duas filhas. De coração, agradeço muito ao clube. Minhas filhas vieram para Goiânia junto com minha ex-esposa. Tenho contato com elas, sim. Trouxe elas para Goiânia. Mas agora começaram as aulas e elas não podem vir. Quando eu tiver uma folga, vou para Salvador. Amo minhas filhas, e o mais difícil está sendo ficar longe delas. Até trouxe dois brinquedos que elas gostavam de usar. Ameniza um pouco a saudade. O mais difícil é não ter esse contato no dia a dia.”

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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