Descartado pelo Fluminense de Feira após enorme repercussão protestos de boa parte da torcida nas redes sociais, o goleiro Bruno está perto de acertar com um novo clube para a temporada 2020. A Justiça de Minas Gerais autorizou o arqueiro a cumprir o restante da pena por homicídio qualificado em Várzea Grande e ele está liberado para assinar contrato de trabalho com o Operário de Várzea Grande. O atleta, que já aceitou a proposta da equipe mato-grossense, cumpre prisão domiciliar em regime semiaberto. Esta semana, o Ministério Público Estadual de Minas já havia assinado parecer favorável à contratação de Bruno pelo Operário.
“Considerando que a obtenção de trabalho foi uma das condições assumidas para o cumprimento da pena no regime semiaberto em prisão domiciliar e tendo em vista a profissão que sempre exerceu o reeducando e o teor da proposta de emprego por ele apresentada, o Ministério Público não se opõe ao requerimento”, dizia trecho do documento.
Segundo o supervisor do Operário de Várzea Grande, André Xela, o goleiro já definiu as bases salariais para atuar em 2020. “O Bruno aceitou nossa proposta por acreditar no projeto. Ele vem com salário mensal dentro do teto do clube, que é de R$ 4 mil a R$ 6 mil. Não vamos fazer loucura”, afirmou o supervisor de futebol do clube, em entrevista ao portal O Globo. Segundo o representante do CEOV, Bruno já pediu preparador de goleiros e deve estar apto a entrar em campo em dois meses.
Bruno, de 35 anos, foi preso em setembro de 2010 e condenado em março de 2013 pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. O jogador também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas a pena foi extinta após a Justiça entender que o crime prescreveu sem ser julgado em segunda instância. As penas válidas somadas são de 20 anos e 9 meses. O atleta conseguiu progressão para o regime semiaberto e foi solto no dia 19 de julho de 2019. Bruno vive em Varginha, distante 320 km de Belo Horizonte. Porém, para atuar, é necessário autorização da justiça em função do regime semiaberto. Após deixar a detenção, ele já passou pelo clube Boa Esporte, no qual atuou em cinco partidas em 2017, e no Poços de Caldas, no ano passado, onde teve seu contrato rescindido depois de 45 minutos em campo por ordem judicial.