Nonato sonha em encerrar a carreira no Bahia: “É o que eu mais quero”

O camisa 9 tem 40 anos, mas não perdeu o faro de gols

Maior goleador do Esporte Clube Bahia no século XXI e sétimo maior artilheiro do clube com 125 gols marcados, o centroavante Nonato defendeu o Esquadrão pela última vez em 2007, mas nunca esqueceu o clube onde despontou para o futebol e marcou seu nome na história, se tornando um autêntico ídolo, um dos maiores. É constante ver o jogador relembrando momentos pelo Bahia e torcendo pelo time tricolor nas redes sociais, além de acompanhar de perto quando o Bahia vai jogar em Goiânia. Também é comum ver torcedores pedindo o seu retorno para encerrar a carreira no Tricolor de Aço. E é justamente esse o desejo do atacante, hoje aos 40 anos, mas com mesmo faro de gols de sempre. Em transmissão no Instagram, ele falou sobre o seu sonho de retornar ao Bahia e encerrar sua carreira onde tudo começou no final dos anos 90, além disso, se imagina marcando gol na Fonte Nova.

 

“Muitos torcedores falam que tenho que encerrar a carreira no clube. Eu também quero. É o que eu mais quero, o que eu mais desejo. Mas não depende só de mim. Se fosse por mim, já estaria lá (em Salvador), treinando, me condicionando, para encerrar. Na minha opinião, eu acho que isso não custaria nada para o clube. É lógico que esta não é a prioridade do Bahia no momento. A prioridade é contratar jogadores novos, para fortalecer mais o elenco para 2020. E eu não vou ser um reforço. Vou me preparar para encerrar a minha carreira no Bahia. Não custaria nada eles fazerem isso, até para agradar a torcida. Eu ficaria extremamente realizado, assim como alguns clubes fazem, como o Flamengo fez com o Júlio César e o Juan, e outros que fazem isto com seus ídolos. Então, é minha situação. Quero encerrar minha carreira e depois continuar no futebol. Quero continuar em outra função. Tudo na minha vida eu queria que fosse no Bahia, mas não depende só de mim. Imagino metendo gol na Fonte Nova e indo comemorar com a galera. Quero treinar, me condicionar e ajudar o Bahia. Espero que o sonho possa se realizar”, disse.

“Seria uma boa, passar um pouco da minha experiência para os mais jovens, sei que o time já está treinando. Vi que o Magno Alves vai jogar o estadual pelo Atlético de Alagoinhas, então acho que eu também seria uma atração, bom pra dar uma alavancada no campeonato, trazer a torcida para os jogos. Não conheço o presidente Guilherme Bellintani pessoalmente, mas acompanho a gestão. Sempre que o Bahia vem jogar em Goiânia vou aos treinos. Na última vez fui e falei com Jayme Brandão, que era assessor de imprensa na minha época e agora é gerente de futebol. Tenho amigos no Bahia”.

Nonato foi descoberto pelo observador técnico do Bahia na época, Juracy Garrido, atuando na base do Tuna Luso. Impressionado com a capacidade que o jovem atacante tinha para marcar gols, trouxe ele para o Esquadrão. Não demorou muito para perceberem que aquele jovem atleta seria um grande atacante no futuro. As boas atuações no time júnior fizeram com que a torcida cobrasse sua presença no time principal. Quando foi promovido, não demorou muito para deslanchar, sendo decisivo nos títulos da Copa do Nordeste em 2001 e 2002, além do Baianão de 1999 e 2001. Foi vice-artilheiro do Copa do Nordeste de 2002, com 12 gols, e artilheiro da Copa do Brasil de 2003, marcando 09 gols.

Depois de sua saída do Bahia, Nonato teve duas excelentes temporadas na Coreia do Sul, onde foi artilheiro pelo Daegu FC e FC Seoul. Retornou ao Brasil para defender o Goiás e após uma breve passagem pelo Fortaleza, acertou sua volta ao Bahia, em 2007, participando do momento mais difícil da história do clube: no segundo ano na Série C. Ao todo, marcou 19 gols somente naquele ano e ajudou o Tricolor a subir de divisão. Nonato tem apenas três gols a menos do que o sexto maior artilheiro do Bahia, Marcelo Ramos.

Nos últimos anos, o atacante atuou com frequência por clubes do futebol de Goiânia, inclusive se destacando na Copa do Brasil de 2018, quando marcou o gol da Aparecidense que eliminou o Botafogo. Em 2018, foram 24 gols marcados (sendo 15 com a camisa da Aparecidense e mais 9 pelo Goianésia). Em 2019, o centroavante marcou três gols no Goiano.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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