Geninho explica derrota em casa e analisa atuações de Wesley e Gedoz

Leão agora enfrenta a Ponte Preta no Moisés Lucarelli

Foto: Pietro Carpi / ECVitória

Após dois excelentes resultados fora de casa, vencendo o Cuiabá e empatando com o Criciúma, o Esporte Clube Vitória perdeu uma ótima chance de se afastar da zona de rebaixamento e na noite desta sexta-feira acabou sendo derrotado para o Londrina, adversário direto, pelo placar de 1 a 0, no Estádio Manoel Barradas, em jogo pela 30ª rodada da Série B. Após a partida, em entrevista coletiva, o técnico Geninho lamentou as chances não aproveitadas pelo time rubro-negro no primeiro tempo e a falta de criação no segundo tempo. O treinador afirmou que já esperava o adversário jogando mais fechado e apostando nos contra-ataques.

 

“Não era o resultado que esperávamos. Mas esperávamos jogo como se desenvolveu. Já sabíamos de antemão que o Londrina não viria aqui para um jogo de choque, mano a mano, viria mais fechado, tentar jogar por uma bola. Quando saiu a formação do Londrina, tivemos certeza que seria isso. Jogaria no contra, buscando uma bola. Entrou com quatro volantes, apenas dois homens abertos, tentando contra-ataques, acabou achando essa bola. Acabou ganhando o jogo. Acho que fez um primeiro tempo razoável, criamos algumas chances, tivemos pelo menos umas três que poderiam ter sido convertidas. Num jogo desse, quando não aproveita, elas não aparecem novamente. Segundo tempo não foi bom. Criamos muito pouco, acho que duas ou três em bolas levantadas”

O treinador também avaliou a atuação do atacante Wesley e do meia Felipe Gedoz, jogadores que são contestados por boa parte da torcida. O segundo, inclusive, foi vaiado nesta sexta-feira.

“Wesley é o melhor jogador no um contra um. Mas, às vezes, acontece de ele estar sozinho. Às vezes ele exagera, em vez de driblar dois e tocar para o companheiro, quer driblar o terceiro. Aí tem dificuldade. É um garoto, tem que conversar para direcionar. Qualidade dele é muita, drible fácil, sai para os dois lados. Que ele aproveite melhor, porque às vezes ele não aproveita o que tem. Ele poderia driblar um ou dois, mas tocar para alguém e pegar sem ter que enfrentar o terceiro. Só com tempo e trabalho ele vai fazer. Vai ter que aprender com dificuldade que está tendo. Orientar, treinar, fazer com que jogue tocando mais do que prendendo. Hoje ele tinha quatro jogadores em volta e queria passar no meio. Não é melhor maneira de produzir.”

“Gedoz está jogando da maneira de sempre. Até tirei ele do lado. Ele reclamava porque estava sendo usado como ponta. Conheci ele como meia, e acho que ali é a posição dele. O jogador ter um bom ou mau jogo é natural. Mas acho que não é só culpa dele a bola não ter chegado na frente. Concordo que ele pegou muito pouco na bola, teve pouca participação, se movimentou mais se enfiando na área do adversário ou vindo buscar muito aqui dentro do que entre as linhas, que seria o ideal. Ele precisa de espaço, tem que ter movimentação, e hoje ele não fez isso. Estava muito estático e não fez um bom jogo”

O Leão vinha se quatro jogos sem perder (com duas vitórias e dois empates) e com o revés permanece com 33 pontos, porém, foi ultrapassado pelo time paranaense e ocupa agora a 16ª colocação, três pontos de distância para o Vila Nova que mesmo vencendo na rodada atual não ultrapassa o Leão pelo critério do número de triunfos. O próximo compromisso do Vitória é no dia 27, um domingo, às 16 horas, contra a Ponte Preta, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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